quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O UNIVERSO DOS TÁQUIONS - Parte 12.6


Objeções a velocidade de dobra:




As distribuições de densidade de energia negativa compreendem o que é muitas vezes referido como matéria exótica. Estas distribuições permitem várias possibilidades intrigantes: por exemplo, a potencialidade da velocidade de dobra de Alcubierre ser mais rápida do que a velocidade da luz em viagens espaciais.






Desigualdades Quânticas restringem a extensão e a magnitude do espaço-tempo no tocante a densidades de energia negativas. No caso do motor de dobra de Alcubierre, as desigualdades quântica preveem que a quantidade de matéria exótica necessária para criar e manter a velocidade de dobra "bolha" excede em muito a massa-energia total do universo.

Com isso, a violação das condições de energia teria de ser confinadas a regiões com comprimento de Planck gerando a espessura da parede da bolha dada como Δ, que para estar de acordo com o comprimento de Planck, Δ ≤ 102 (v0/c) LP, onde LP = comprimento de Planck.

Pode-se demonstrar que paredes finíssimas, a fim de suportarem uma bolha de velocidade de dobra, requereriam quantidades de matéria exótica enormes, e.g. uma bolha com 100 m e propagando-se com v0 c, requereria uma energia negativa total da ordem de 1011 M (massas solares). 

Ainda que reduzida a área das bolhas, o que demandaria energias da ordem de 0,3 M, para uma bolha de 100 m de raio, que se adicionar uma energia positiva externamente a bolha de 2,5 M, isto ainda está fora da realidade.

Ao se impor um estado quântico de vácuo de Boulware (estado que descreve efeitos quânticos nos buracos negros) ao espaço-tempo, análogo a um estado de buraco negro eterno, o vetor renormalizado de tensão e energia (RSET), diverge nos horizontes.

Esta circunstância independente da disponibilidade de matéria exótica pra construir a bolha de velocidade de dobra, implica em dizer que esta divergência impossibilita gerar geometria da bolha de velocidade de dobra, a qual, se superluminal, seria aniquilada por efeitos semi-clássicos da TRG. Mas a bolha de velocidade de dobra poderia ser criada a velocidades subluminais e então acelerada até velocidades superluminais.

Pode-se esperar então que o estado quântico globalmente definido em tal geometria dinâmica automaticamente seria selecionado pela dinâmica uma vez que sejam fornecidas as condições adequadas de fronteira (e.g. no início do tempo).

Isto é sem dúvida um caso de colapso gravitacional, o qual pode ser demonstrado sempre que um horizonte de aprisionamento se forma, sendo que este estado quântico é globalmente definido como sendo um vácuo, em ζ- e tem de ser térmico em ζ+, na temperatura de Hawking e regular no horizonte.



Em outros termos, a dinâmica do colapso evita a seleção de estados semelhantes ao de Boulware com sua divergência associada no horizonte, terminando em vez de selecionar o estado análogo para configurações colapsantes do estado de vácuo Unruh definido sobre buracos negros eternos, o que leva a um RSET perfeitamente regular.

Logo, pergunta-se: É a dinâmica da criação de uma bolha de velocidade de dobra, com a sua seleção associada do estado de vácuo global, capazes de evitar a presença de divergências na RSET ?
 


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