quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O UNIVERSO DOS TÁQUIONS - Parte 12.5




4 – Objeções a velocidade de dobra:

De acordo com pesquisadores como Stefano Finazzi et al, no trabalho intitulado “Semiclassical instability of dynamical warp drives”, a radiação de Hawking cozinharia tudo o que estivesse dentro da bolha teórica utilizada para a velocidade de dobra, se deslocando pelo continuum do espaço-tempo.

O observador dentro da bolha de dobra experimentaria um fluxo térmico de partículas de Hawking cuja radiação se associa à radiação de energia e, por conseguinte, à perda de massa resultante da evaporação de buracos negros. A radiação de Hawking seria gerada e se irradiaria a altíssimas temperaturas nos tripulantes da nave viajando dentro da bolha de dobra.

 




A radiação de Hawking seria gerada como horizontes, tanto atrás quando na frente da bolha possivelmente a 1030 K sendo a máxima temperatura possível conhecida como Temperatura de Planck cujo valor é de 1032K. 

Isso desestabilizaria a bolha de dobra em nível quântico, pois o tensor renormalizado de tensão e energia – RSET cresceria, na frente da bolha, de modo exponencial, em função do tempo. Isso criaria um buraco negro que desastabilizaria a geometria da bolha de dobra.

O Tensor de Energia e tensão - SET é um tensor quantitativo que descreve a densidade e o fluxo de energia e o momento no espaço-temposendo uma generalização do tensor das tensões de Newton. É um atributo da matéria, radiação e campos de forças não gravitacionais. O tensor de energia de tensão é a fonte de campos gravitacionais nas equações de campo de Einstein referentes a TRG, assim como a massa é a fonte dos campos na gravitação de Newton. (Ver aqui e aqui). Suas contravariantes são dadas conforme abaixo:







Um dos problemas centrais da teoria quântica de campos em espaços-tempos curvos é o cálculo do tensor energia renormalizado (RSET) dos campos de matéria.

O RSET é então o ponto de partida para qualquer cálculo em gravitação semiclássica. O espaço-tempo é mantido como uma entidade clássica, enquanto o tensor de tensão-energia clássica das fontes da matéria é complementado com a RSET dos campos quânticos em um estado de vácuo adequado. (Ver aqui e aqui)

Inicialmente, a geometria da velocidade de dobra é dada por:



 

Onde r é a distância do centro da bolha dada por:

 


E v0 é a velocidade de dobra dada por:


 



Sendo f uma função adequadamente suave que satisfaz f(0) = 1, f(r) → 0 quando r → .

Após a propositura da velocidade de dobra, o fator que deve ser investigado é a quantidade de matéria exótica requerida para suportá-la. Esta quantidade não se relaciona apenas com o tamanho da bolha de dobra, mas também com a espessura de suas paredes.

Este resultado é determinado se a exoticidade for provida pela natureza quântica de um campo satisfazendo as assim chamadas desigualdades quânticas.

As desigualdades quânticas são restrições locais sobre a magnitude e extensão da distribuição de densidade de energia negativa no espaço-tempo.

Inicialmente concebida para esclarecer um problema de longa data, em teoria quântica de campos (ou seja, o potencial para a densidade de energia negativa irrestrita em um ponto), as desigualdades quânticas demonstraram ter uma grande variedade de aplicações, sendo a sua forma uma reminiscência do princípio da incerteza.

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