terça-feira, 26 de março de 2013

O UNIVERSO DOS TÁQUIONS - Parte 4



O CAMPO TAQUIÔNICO



Conforme o trabalho denominado “The stability of tachyonic system by factorization method”, teoria das branas é uma boa candidata ao problema fundamental da física de alta energia, sendo que sua formulação, em termos de uma única e infinita dimensão extra, tem um papel importante para esta disciplina.

O cenário das branas começa a partir do espaço-tempo em 5ª dimensão, a partir do espaço anti – de Sitter (AdS5), com geometria deformada, o que na teoria das branas é descrito por uma função real única, dependente de uma única coordenada na dimensão extra. Também, a presença de campos escalares (que associa um valor escalar a qualquer ponto do espaço) para uma estabilização fraca da brana depende apenas dessa dimensão extra.



O espaço “n” dimensional anti-de Sitter (e aqui) é uma variedade de Lorentz maximamente simétrica, com uma curvatura escalar constante e negativa. É o equivalente Lorentziano do espaço hiperbólico “n” dimensional, como o espaço de Minkowski (ver aqui) e o espaço de de Sitter são os análogos do espaço euclidiano e do espaço elípticos, respectivamente.

As variedades de Lorentz são um caso importante das pseudo-variedades de Riemann. Estas são generalizações das variedades de Riemann - variedade diferenciável real na qual cada espaço tangente apresenta um produto interior, de maneira que varie suavemente ponto a ponto, o que permite a definição de diversas noções métricas (áreas, volumes, curvaturas, gradientes de função).




As variedades de Lorentz são muito importantes, pois se aplicam na teoria da relatividade geral, uma vez que, nesta teoria, o espaço-tempo é modelado em variedades de Lorentz com quatro dimensões, com assinatura (3,1) ou equivalente (1,3).

Ao contrário das variedades de Riemann, apenas definidas com métricas positivas, as assinaturas da variedade de Lorentz permitem que vetores tangentes sejam classificados como de tempo, de espaço ou nulos. Isso implica nas variações das relações causais entre pontos, interpretadas como quais eventos no espaço-tempo podem influenciar outros eventos.

Nesses termos, o espaço anti-de Sitter, na linguagem da teoria da relatividade geral, é a solução maximamente simétrica do vácuo da equação de campo de Einstein, com uma constante cosmológica negativa (atrativa) que corresponde a uma densidade deenergia de vácuo negativa e uma pressão positiva.

O modelo padrão cosmológico descreve a gravidade padrão, a partir de uma curvatura escalar R (a curvatura invariante das variações de Riemann), como uma constante cosmológica e como matéria não do modo relativístico.
 

A curvatura escalar é representada por um número real determinado pela geometria intrínseca da variação próxima ao ponto. A curvatura escalar representa a quantidade, a partir da qual o volume de uma geodésica numa variação de Riemann curvada se desvia de uma esfera no espaço euclidiano.

Recentemente o modelo do mundo das branas tem sido descrito por um campo escalar de táquions em cinco dimensões de espaço-tempo com a geometria AdS5. Isso implica que os táquions poderiam ter um importante papel na cosmologia, a despeito do fato de seu campo ser instável. 

Os táquions poderiam atuar como uma fonte de matéria escura e levarem a um período de inflação que depende de da forma com que associa ao seu potencial no cenário das branas.



Na verdade, tem sido proposto que os táquions sejam como uma fonte de energia escura, para uma determinada classe de potenciais, como o potencial taquiônico exponencial.

A expansão do universo, nos dias atuais, foi confirmada pelas recentes medidas de relações de luminosidade e de desvio para o vermelho a partir das supernovas tipo I-A, que demonstraram que o universo está se expandindo de modo acelerado. Para uma melhor compreensão, consultar o trabalho “Tachyonic Field interacting with scalar (phantom) Field”.

Tal fato deu origem a um grande número de modelos de energia escura, que se supõe ser a responsável pela expansão do universo, uma vez que se pode calcular que ela representa em torno de 70% da matéria/energia do universo.

Estes modelos de energia escura envolvem um ou mais campos escalares com muitas ações ou com ou sem potencial de campo escalar.A relação entre a pressão e a densidade de energia relativa a energia (w) escura parece estar perto de -1 (-1,62 < w < -0,72).

O decaimento de uma D-brana instável produz uma pressão negativa de gás com densidade de energia finita que se assemelha a de poeira. Os efeitos cosmológicos dos táquions ao seu estado mais estável, associados as D-branas instáveis tem uma equação de estado onde -1 < w < 0. 

Dessa forma, os táquions ao buscarem sua estabilidade, implica em dizer que a expansão do universo se acelera, sendo que em uma determinada época esse fator de escala passa por um ponto de inflexão que determina o fim da inflação. Assim, a matéria taquiônica e seu campo podem ser uma explicação para a inflação, bem como contribuir para uma explicação da energia e da matéria escuras.

O campo taquiônico tem um potencial com um máximo instável na origem e daí a quase zero à medida que o campo avança para o infinito, sendo que o campo fantasma (com energia negativa) foi proposto ser um candidato para a energia escura, uma vez que se pode admitir a ele pressões negativas. Isso implica que o universo terminará em um grande rasgo (big rip), o que quer dizer que o universo terá uma duração finita sendo que todas as suas estruturas se desintegrarão.
 

Mas o que é o campo taquiônico????

O campo taquiônico se trata de um campo quântico escalar com massa imaginária, representativo de uma instabilidade. Esta instabilidade é descrita como a quebra espontânea de simetria.



A quebra espontânea de simetria é um modo de realização da quebra de simetria num sistema físico, onde as leis subjacentes são invariante sob uma transformação de simetria, mas o sistema como um todo muda sob tais transformações, em contraste com a quebra de simetria explícita.
  
Trata-se de um processo espontâneo pelo qual um sistema num estado simétrico termina num estado assimétrico. Assim se descrevem sistemas onde as equações de movimento ou a Lagrangiana obedecem certas simetrias, mas as soluções a mais baixas energias, não apresentam a devida simetria.

Devido à instabilidade causada pela massa imaginária, qualquer configuração em que uma ou mais excitações dos campos sejam taquiônicas, elas espontaneamente decaem. Em alguns casos, esta decomposição termina com uma outra configuração, estável, sem táquions.  

A existência desse campo implica a instabilidade do campo de vácuo. O campo taquiônico é um máximo local em vez de um mínimo local, em se tratando de sua energia potencial.

Um impulso muito pequeno (que será sempre acontecerá devido a flutuações quânticas) levará a campo a rolar com amplitudes exponencialmente crescentes, o que induzirá a condensação de  táquions.

É importante perceber que uma vez que o campo taquiônico atinja o mínimo do potencial, seus quanta não mais serão táquions, mas assumirão uma massa quadrada positiva. O bóson de Higgs do modelo padrão da física de partículas é um exemplo.

 
Para o bóson de Higgs do Modelo Padrão da física de partículas, sob nenhuma circunstância, quaisquer excitações se propagarão mais rápido do que a luz. A presença ou ausência de uma massa taquiônica não tem nenhum efeito sobre a velocidade máxima no que se refere à emissão de sinais. Tecnicamente, a massa ao quadrado é a segunda derivada do potencial de eficácia.

Para um campo taquionico a segunda derivada é negativa, o que significa que o potencial de eficácia é de um máximo local em vez de um mínimo local. Por isso, esta situação é instável e o campo reduzirá seu potencial.

Por ser a massa ao quadrado um táquion negativa, formalmente eles têm massa imaginária.

Este é um caso especial da regra geral, onde partículas massivas instáveis ​​ são formalmente descritas como tendo uma massa complexa, com a parte real sendo sua massa em sentido usual, e a parte imaginária sendo a taxa de decaimento em unidades naturais.

 
No entanto, na teoria do campo quântico, uma partícula (um "estado de uma partícula") é aproximadamente definida como um estado que é constante ao longo do tempo, ou seja, trata-se de um autovalor do Hamiltoniano.
 

Uma partícula instável é um estado que é só aproximadamente constante ao longo do tempo e, se ela existir tempo suficiente para ser medida, poderá ser formalmente descrita como tendo uma massa complexa, com a parte real da massa maior do que a sua parte imaginária.

Se as partes imaginária e real são da mesma magnitude, isto é interpretado como uma ressonância, a qual aparece em um processo de espalhamento, em vez de partículas. Assim, considera-se a partícula como se não existisse tempo suficiente para ser medida de forma independente do processo de espalhamento.

No caso de um táquion a parte real da massa é zero, e, consequentemente, o conceito de uma partícula pode ser atribuído a ele.

Mesmo para campos quânticos taquônicos, os operadores de campo em espaço separado como pontos ainda comutam (ou anticomutam), preservando assim o princípio da causalidade.

Por razões estreitamente relacionadas, à velocidade máxima de sinais enviados a um campo taquiônico é estritamente limitada pelo teto a velocidade da luz. Por esta razão, jamais a informação se move mais depressa do que a luz, independentemente da presença ou ausência de domínios taquiônicos.


Exemplos de campos taquiônicos são todos os casos de ruptura espontânea de simetria. Em física da matéria condensada um exemplo notável é ferromagnetismo, em física de partículas o exemplo mais conhecido é o
mecanismo de Higgs no modelo padrão.



O mecanismo de Higgs é um mecanismo de geração de massa das partículas elementares do modelo padrão. De acordo com esta teoria, as partículas ganham massa ao interagirem com o campo de Higgs, o qual permeia todo o espaço. 



Ou seja, o mecanismo de Higgs, na teoria de calibre, dota de massa os bósosns de calibre, atrasvés da absorção dos bósons de Nambu-Goldstone que surgem a partir da quebra espontânea de simetria.

 Estes bósons são interpretados como excitações de campo na quebra das direções de simetria no grupo espacial. Não possuem massa caso a quebra espontânea de simetria não se encontre explicitamente quebrada. Do contrário (em sendo explicitamente quebrada esta simetria), sua massa assumirá valiores baixos e serãoo denominados pseudobósons de Nambu-Stone. 

O mecanismo de Higgs é parte essencial do modelo padrão, pois se incorpora à
teoria eletrofraca de Glashow, dando suia interpretação moderna.



Para o modelo padrão, a altas temperaturas, a simetria eletrofraca não se quebra, isto é, tnenhuma partícula elementar possuem massa. A uma temperatura crítica, o campo de Higgs se torna uma campo taquiônico. A simetria se quebra espontaneamente por condensação e os bósons Z e W adquirem massa.

Férmions, como léptons e quarks, no modelo padrão, adquirem massa ao interagirem com o campo de Higgs, mas não da mesma forma que os bósons de calibre.




OS TÁQUIONS E O UNIVERSO


 O início:

 Embora ainda não tenham sido vistos, espera-se que os táquions sejam produzidos em eventos de alta energia. Isso implica que os táquions primordiais devem ter sido produzidos no momento do big bang, quando surgiu o universo.


Em 1976, conforme descrito na New Scientist de 29 de abril, J.V. Narkilar do Tata Institute e E.C.G. Sudarshan da Universidade do Texas (o idealizador do conceito de táquion) exploraram em conjunto a possibilidade da producão dos táquions quando do momento do big bang (Monthly notices Royal Astronomic Society – vol. 175, p. 1065).


Eles demonstraram que os táquions se propagam no espaço em uma direção imutável e, como qualquer partícula, perde momento á medida que o universo se expande. Entretanto, eles não fazem isso indefinidamente, uma vez que este momento não poderá cair abaixo de seu limite de velocidade infinita de massa.


Dessa forma, alcança-se um tempo quando a trajetória do táquion volta-se para trás no tempo e aponta para seu momento de criação. Isso quer dizer que sua existência tem um tempo máximo limite (tm), uma barreira de tempo que ele não pode penetrar, pela qual o tempo viaja uma certa distância (dm). Logo, conforme o diagrama de espaço-tempo do táquion, ele viajará duas vezes esta distância a partir do fim de sua jornada de tempo reverso.

 

 

 


 
 
  



Esse comportamento pode ser interpretado ao se considerar um antitáquion partindo de um tempo t0, mas de uma distância 2rm e viajando de volta no espaço à barreira do tempo tm, onde encontra seu número oposto e as duas partículas se aniquillam. A energia das partículas ao cair a zero, representa que neste momento, a aniquilação é algo suave.

A "era da barreira do tempo" será determinada pela massa ou pela energia do táquion. No que se refere aos táquions primordiais,para que eles estivessem por aqui agora, eles deveriam ter uma energia imensa e massas em torno de 10 ^ -14 de um elétron, ou até menos.

Caso estes "táquions primordiais" ainda existam, então, embora eles não interajam com a matéria comum, eles forneceriam uma  "radiação de fundo taquiônica" semelhante à radiação cósmica de fundo, a qual é, por si, um "eco do big bang".

Mesmo se estes táquions não existirem hoje, eles poderiam ter influenciado a cosmologia do big bang de modo muito significante. O par táquion/antitáquion, produzido no big bang, se correlacionariam uns com os outros, a partir das grandes distâncias presentes no universo (2rm). Já, a matéria comum, com velocidades subluminais apenas se comunicaria a curtas distâncias.

Essa interação de longa distância poderia prover a resposta de por que o universo é tão homogêneo e uniforme, e, por que ele tem sido assim desde seus estágios primordiais.

Além disso, se existirem táquions o suficiente em torno do big bang, então o universo, então ele pode ter começado da forma que começou, porém, sem uma singularidade do espaço-tempo. Esta é a ideia de Narkilar, quem jamais aceitou a cosmologia do big bang por completo. Ele está em busca de alternativas para as singularidades, mesmo para aquelas referentes aos buracos negros.



15 comentários:

R disse...

Obrigado Elyson. Sua explicação ficou muito clara.
Minhas dúvidas aumentam cada vez mais, nossa a física é de mais. Realmente a perolá mais preciosa do conhecimento humano.
Coisas intrigantes ainda beiram minha mente, como porque a gravidade é tão fraca perante as outra forças, será que ela vasa para outros universos? Seria os préons uma solução pra simplificar o modelo padrão de particulas?
Talvez meu qi não seja o suficiente pra entender toda essa magnitude de conhecimento, não consigo nem imaginar algo com mais de três dimensões espaciais.
Além de tudo ainda há outros universos por ai, com leis diferentes da nossa isso é maravilhoso.
Sei que vou parecer presunçoso mais acredito que o Big Bang, não seja uma teoria que vai durar muito, logo aparecera uma teoria que explique com maior coerência as singularidades, é a questão chave para se descobrir um modo de se encaixar a gravidade a física quântica.
A única coisa que eu realmente sei é que a ciência continua sendo o meio mais seguro de se compreender nossas origens e o nosso futuro. A ciência tinha que ser exaltada, deveria existir um dia especial para ela, pais deveriam ensinar desde pequeno aos filhos as bases da ciência. Sei que é utópico mais imagine um dia em que cientistas sejam valorizados, que pesquisadores tivessem carta branca para pesquisar o que acharem mais importante pra ciência e para o bem da humanidade, que não dependesse dos interesses do capitalismo. Imagine uma mundo com mais de 50% da população mundial de cientista, atingiríamos as estrelas em um século.
O mundo que imagino talvez nunca passe de um sonho, então é arregaçar as mangas e trabalhar, pra entender o que pudermos, para ir onde não conhecemos, para saber além de nossos antepassados, para seguir rumo ao limiar do saber absoluto(se existir)...Google plex........

Elyson Scafati disse...

Os táquions ainda não acabaram!!! tem a condensação, o fim do universo, matéria escura,neutrinos, axions, inflatons e se der mais alguma coisa como dobra de Alcubierri.


Quanto ao mundo, recomendo que vc assista Idiocracia. Este é o futuro que eu vejo...

Author disse...


Ahahaha!!!

Poxa Elyson, que maldade a sua, hein?! O garoto taí, todo empolgado, cheio de sonhos e expectativas, e aí vem você e joga-lhe um balde d'água gelada sobre a cabeça... :-)

Bom! Brincadeiras à parte, o seu comentário suscitou uma questão interessante: O filme faz sentido, sob o ponto-de-vista genético? Nós herdamos burrice dos nossos pais e a transmitimos aos nossos sucessores? Não existe chance de nossos filhos serem mais inteligentes do que nós?

Abraço.

Elyson Scafati disse...

Do ponto de vista não só genético, mas cultural também.

Vivemos uma era, ao menos aqui no Brasil, onde impera a incompetência, ou seja, tudo passou a ser nivelado por baixo (o pior é o parâmetro a ser seguido).

Há esse discursinho hipócrita de que temos de respeitar a limitação dos demais e dar chances a todos. Quremeos que todos sejam estrelas.

Ora, nem todos os astros do universo nasceram para ser estrelas; estas têm suas grandezas, há planetas, satélites, cometas meteoritos poeira cósmica e gases dispersos.

Assim ocorre com as pessoas, os empregos as selecionarão e ai teremos engenheiros sendo garçons, médicos sendo porteiros e advogados sendo atendentes de telemarketing (exemplos).

Inteligência, ao menos o que aprendi, parece ser quantificada por genes acumulativos (posso estar errado, não sou especialista em inteligência humana).

Inteligência é medida por QI e QE, ou seja, como vc pode aproveitar as informações que vc aprende e como vc se relaciona com os demais.

Não adianta eu ser um gênio se não sei por meu conhecimento em prática e de nada adiantará eu ser o melhor especialista do mundo se não tenho uma rede de contatos ou não consigo me relacionar com os demais de modo a aplicar meu conhecimento.

Quer ter inteligência estude muito, aprenda a por seu conhecimento em prática e se relacione bem com os demais. Quanto a ter talento, é uma outra história...

Os inteligentes acertam no alvo onde todos veem e ninguém consegue acertar. O gênio acerta o alvo que ninguém viu.

R disse...

Ser gênio é uma coisa, ser gênio e esperto é outra. Acredito que um gênio de verdade seja parecido com Lex Luthor, além de um intelecto de primeira grandeza conquistou riqueza e poder. Usar sua inteligência a seu favor é chave!

Wallace BS disse...

Rs oi Elyson, tranquilo, não precisa publicar nada, aquele comentário foi só zuação, nem pensei que ia enviar, ja q vc tinha restringido os cometários aqui pouco tempo após meus últimos comentários :)

Desejaria muito saber o motivo de teu ódio contra a fé em Deus, ou melhor, teísmo...

Mas, tranquilo, no surprise, a bíblia já nos alertara a milênios sobre os últimos tempos, tempos trabalhosos por sinal hehe

Deus te abençoe abundantemente ;)

Elyson Scafati disse...

Wallace, vc precisa de uma lição científica e bíblica de forma a saber o que é uma coisa e o que é outra e por que não devem ser misturadas.

Não odeio religiões nem nada que diga respeito a fazer o bem para as pessoas. Não odeio e não desprezo nenhum dos deuses ou crenças criados pela humanidade.

O que desprezo são salafrários e mentirosos que aprisionam pessoas em teologias doentes como aquelas do fundamentalismo cristão, do judaísmo ortodoxo, do islamismo fundamentalista, do budismo altamente ritualístico, do induísmo fantasia, do espiritismo que faz a pessoa temer em vez de crer, dentre outras coisas mais.

Simplesmente, a teologia a que vc se apega é algo distorcido e sem qualquer nexo, seja religioso, seja científico.

Vc dar de ombros ao que é científico e se apegar a mitos é esquecer a mensagem principal do que dizem os livros e histórias sagradas. Vc achar que a sua crença é a única verdade absoluta acima de qq coisa é um erro. Cada crença ideológico-religiosa é absoluta dentro de seu sistema, onde fundam-se seus dogmas.

Todavia estes dogmas podem e devem ser contestados, uma vez que nehum deles tem fundamentação rigorosa para se sustentar.

Esta fundamentação seria dada dentro dos diversos campos da lógica, uma vez que, conforme o conhecimento que trabalhamos ele teve ter sua argumentação construída de determinada forma.

No campo religioso partimos de uma petição de princípio e nos valemos da lógica dialética (a lógica do provável) e de uma lógica informal (aplicada às ciências humanas e sociais e quando se quer tecer uma opinião sobre algo - geralmente falaciosa, como vemos em textos criacionistas). Podemos fazer nossas inferências e obtermos conclusões, porém nossas premissas são, no mínimo, duvidosas.

Elyson Scafati disse...

No campo científico, a lógica é a formal. Temos de partir de premissas verdadeiras para obtermos conclusões verdadeiras. Aqui a lógica preserva a verdade. Se tivermos premissas e conclusões verdadeiras (cuja verdade quem dirá é o pesquisador ou cientista da área), poderemos sem dificuldades traçar sua inferência e preservar essa verdade e assim termos um raciocínio sólido.

Como vc pode ver, ciência e religião são dois sistemas distintos. Religião se crê pela mera questão de fé e não necessita de qualquer prova para satisfazer sua fé, que se assenta no conceito de revelação. Em ciências não dá para se crer pela fé. Aqui a crença se sustenta em evidências.

Assim, big bang, evolução das espécies e abiogênese química, como qualquer outro ramo da ciência (teoria da gravitação, da termodinâmica, ondulatória. orbitais químicos, relatividade, fisiologia animal e vegetal, estequiometria, eletroquímica, citologia, histologia, físico-química, propriedades coligativas, pH e pOH, Kps, eletrodinâmica, eletrostática e eletromagnetismo, geocronologia, biocronologia, teoria das radiações, física quântica, nuclear, do estado sólido, ecologia, etc. tudo isso se funda em evidências, diferentemente do que prega qualquer religião.

Com isso pudemos compreender que a natureza não está à mercê dos deuses e que não são eles que causam as chuvas, o vento, as cheias, os terremotos, as secas, os maremotos, os vulcões, os furações, as safras boas, a boa caça, os eclipses, os meteoros, etc.

Tudo o que é natural tem uma explicação também natural. Caso o sobrenatural se manifeste no natural ele passará a ser natural e assim terá também uma explicação natural.

Criacionismo é isso; é fazer o sobrenatural ser natural e assim perdemos as lições de nossa crença ao defender essa excrescência religiosa. Fazemos a má religião, que a torna ridícula e sem qq sentido, pois esquecemos seus princípios em prol de uma tolice afirmativa de nossa crença e fazemos a má ciência, uma vez que damos de ombro e tememos aquilo que atenta contra nossas crenças e passamos assim a inventar coisas estapafúrdias como todo o rol de teorias pseudocientíficas que há no criacionismo, repletas de erros conceituais e de falácias.

Elyson Scafati disse...

A religião deve ser entendida como um meio de nos tornarmos melhores a cada dia e não como algo a ser compreendido literalmente. Essa literalidade estúpida há muito já foi abandonada por igrejas mais sérias.
Lembre-se: “a letra mata”. Os mitos bíblicos como de qq outra religião, são lições para a vida. Eles nos dizem como devemos ou não devemos agir e o que fazer para sermos seres humanos melhores.

Ex. o Genocídio cananita: este não existiu de fato, uma vez que a arqueologia nada evidenciou acerca disso (consulte os trabalhos de Israel Finkelstein, Uri Zoltes e Mike Talesnik). No mito, isso significa que, para termos uma vida nova (a identidade israelita) devemos romper com nosso passado, que no mito é a destruição de um povo.

Outro exemplo, O apocalipse: este texto não se refere ao futuro, mas à época em que a obra fora escrita (em torno de 70 d.C.). A ilha de Patmos era vulcânica e, portanto, era assolada por tremores de terra. Os cristãos eram massacrados por romanos e a religião era proibida pelo Estado.

Não havia muita esperança para os cristãos, o que significava o fim derradeiro, por meio das forças do mal (Roma). Entretanto, o cristão não deveria deixar essa esperança morrer, pois sua vida aqui era efêmera comparada às glórias da eternidade. Assim, por meio dessa esperança, Jesus triunfaria e voltaria. Essa volta, no entanto, deve ser compreendida como o renascimento cristão e na fé renovada a cada dia, não em uma vinda literal de Jesus.

Entretanto, o cristão apegado à teologia doente não pensa em renovar e vivificar sua fé sendo alguém melhor a cada dia e fazendo o bem não importa a quem. Pensa apenas em salvar seu rabo da danação. Busca converter os outros e se lança em cruzadas sem o menor sentido de forma a afirmar sua religião, se achando o “senhor da verdade”. Mas não olha para si, nem faz um exame em sua consciência de qual o significado de ser cristão, ou de ser um sujeito que siga uma religião do bem.

Elyson Scafati disse...

Mas se apega em crenças tolas e infundadas e faz questão de ser um tapado ignorante ou de ludibriar jovens, crianças e pessoas menos intelectualizadas que fornecerão altas rendas aos templos e aos seus patronos.

Ignorância, mentira e cobiça, Wallace, são coisas do demônio. Sempre aprendi, dentro de qq sistema de crenças, que essas atitudes eram obras de entidades malignas. Portanto, partindo dessa premissa, eu diria que crentes fundamentalistas não prestam culto a deuses do bem, mas a demônios. Daí meu desprezo por essa classe de religiosos, cegos em sua ignorância.

O problema das religiões Wallace, não é vc ter fé no intangível. É vc começar a achar que sabe o que agrada ou desagrada aos deuses e assim acusar e condenar pessoas (antes à morte e ao martírio; hj à danação eterna).

Vide o caso do deputado Marco Feliciano, o evangélico que se encontra como líder da comissão de direitos humanos: Quem é ele para dizer que homossexuais e negros são amaldiçoados? O cara se apóia em uma visão distorcida de um texto da idade do bronze para dizer tamanho absurdo. Isso é uma teologia doente e cega. O cara se diz pastor, mas não sabe NADA, ABSOLUTAMENTE NADA, sobre o que é o mito de Noé ou o que é o amor cristão e ainda se diz pastor...

Esse mito se refere a uma invasão de privacidade seguida de zombaria, atitude que fere a dignidade das pessoas. Por essa razão Cam, foi punido. Por violar a intimidade de uma pessoa. Em seguida os outros filhos o cobriram sem olhar a nudez de Noé, o que significa o respeito pelo seu próximo, pois se vc puder reverter ou remediar essa situação faça-o.

Isso também é um alerta a pessoas que se lançam ao ridículo (bebedeiras, situações esdrúxulas e demais vícios) e deixam escapar seus mais íntimos segredos a terceiros.

Noé amaldiçoa Canaã dizendo que ele seria o mais inferior de todos os servos. Porém, Na mitologia bíblica, Canaã é pai dos cananitas e não dos negros, mesmo porque, à época de Moises (quando dizem que o berichit fora escrito – foi escrito muito mais tarde) nem sequer, na Palestina, se sabia que negros, asiáticos, índios ou gauleses existiam.

Canaã foi amaldiçoado porque se julgava ser ele o pai do cananitas, inimigos dos israelitas. Assim, a maldição não veio antes de se conhecer os cananitas, mas depois de os israelitas os terem conhecido e esta maldição se concretizou escrita quando se israelitas se assentaram definitivamente.

Aqui surge a ruptura entre ser cananita e ser israelita, o que veio após o cativeiro da Babilônia, quando finalmente as sagas hebraicas foram codificadas em sua versão final. Ser cananita era o passado que deveria ser enterrado para sempre, pois fora a causa do cativeiro (desunião de um povo); era ser politeísta e violar as normas divinas, Ser israelita era o presente; era aceitar o deus de Israel e assim formar um único povo, numa terra e com um deus. Esse é o moral da história do mito.

Elyson Scafati disse...

Wallace, vc pode achar tudo isso bobagem, pois foi doutrinado a entender as coisas ao pé da letra. A maioria dos pastores não tem o nível de conhecimento histórico, social, filosófico, teológico e científico para entender a raiz dos mitos e seu fundamento. Por isso se perdem na “letra que mata” e saem defendendo bandeiras como o criacionismo, a homofobia, a intolerância religiosa e a compreensão tosca da bíblia.

Mitos religiosos devem se adequar á realidade que eles presenciam e não ficarem presos ao passado. Um mito tem interpretações múltiplas e, enquanto eles se adaptarem a nossa realidade, eles valerão.

Um exemplo claro disso é a mitologia greco-romana. Ela não mais atendia aos anseios de uma população, miserável, como ocorria em Roma, e nas regiões dominadas. Nem o pós-vida era legal (não havia o arrependimento), pois todos seriam enviados ao Hades de onde não sairiam (se vc fosse rico estaria no melhor lugar, se fosse pobre e bom estaria no meio e se fosse mal iria para o tártaro).
Mas o cristianismo, com sua mensagem de esperança no pós-vida atendia todas as expectativas dos oprimidos. Arrependa-se e sua glória estará assegurada. Por isso o mito de Jesus é valido até hoje. A ressurreição é vc se arrepender e renascer em Cristo, não a vinda dele para cá.

Ser cristão não é defender criacionismo e ódios contra pessoas. É vc entender que deve ser melhor a cada dia. Contra isso a ciência não atenta em nada.

O problema do fundamentalismo reside no fato de que se não fomos criados a imagem e semelhança de deus e somos fruto de uma criação natural, o pecado original se esvai. Esvaído o pecado original, a morte de Jesus foi inútil e, portanto, a salvação cai por terra. Caindo a salvação por terra, o conceito de deus não faz diferença. Assim, deus não serve para nada e as pessoas verão que os templos não servem para nada. Logo os clientes sumirão e assim a nossa grana. Assim devemos combater toda e qq coisa que atente contra os fundamentos de nossa crença.

Elyson Scafati disse...

Mas essa forma de pensar é um equívoco. A salvação Wallace, não está no além; está aqui mesmo. Basta vc ser bom, pois crer na religião que quiser não faz diferença. Quando vc começa a se achar a verdade vc peca, além de errar muito. Esse foi o pecado de Paulo de Tarso; desdenhar de outras crenças e estabelecer a sua como a verdade suprema e incontestável.
Caso vc leia os textos de Saulo sob uma ótica filosófica, verá que são repletos de falácias e afirmativas sem nexo, que nem mesmo para a época eram condizentes, uma vez que ele mistura judaísmo e filosofia grega (sistemas muito antagônicos).

É nesse pecado que criacionistas caem ao misturar ciência e religião. Mas nenhum criacionista diz nada sobre os “n” criacionismos que andam por ai, pertencentes às mais diversas religiões do planeta (por sinal uns até bem mais plausíveis que o bíblico).
Qual desses é real e por que? Há evidencias concretas para tal afirmativa? Se sim, quais?

Por isso combato o criacionismo fundamentalista cristão; por ser uma má religião e uma má ciência, não porque odeio cristãos judeus, budistas, umbandistas, etc..

Não sei se isso é profundo demais para sua mente, acostumada a uma teologia doente e cega, mas é assim que vejo as coisas e por isso desprezo fundamentalistas.

Eles não respeitam nada nem ninguém e querem enfiar suas crenças goela abaixo das pessoas, como o caso de querem imiscuir o criacionismo em aulas de ciências.

Isso é perder a noção do que significa a bíblia ou qualquer história sagrada, além de ser uma deturpação da religião e da ciência.

Entenda, Wallace, que sua crença é uma verdade absoluta dentro do seu sistema de crenças, mas ela é uma piada para outros sistemas, como estes podem ser uma piada para vc.

Entenda também, que ciência e religião pertencem a sistemas distintos e que um não atenta contra o outro, caso a religião seja vista sob uma perspectiva de mitos, que servem de lições para nós e não de circunstãncias fáticas, como impõe o literalismo bíblico.

Assim, forçar a barra, como faz o criacionismo, de modo a afirmar suas crenças, é uma tolice desmedida. É perda de tempo e estupidez que somente leva a religião ao ridículo, pelos erros, mentiras, invenções de dados, desonestidade intelectual (os quote mining) e raciocínios falaciosos.

É muito fácil desmantelar um criacionista. Basta ler o que eles citam e ver suas fontes. Nada é o que parece ser. Se citam um artigo científico está dirtorcido, como faz o sr. Enézio e o Sr. Michelson Borges. Quanto ao resto da bibliografia é o que outros criacionistas escreveram, sem que haja revisão por pares e publicação em revista científica.

Podem passar às vezes, mas se forem pegos é um transtorno para a imagem da revista e descrédito para o sujeito (isso aconteceu com um cara chamado Kuhn - Dissecting Darwinism - deve ser isso).

A revista teve de se retratar...


Por isso Wallace, se vc quer discutir ciência estude, no mínimo, uns 10 anos e se torne especialista em uma área. Aprenda metodologia científica, filosofia da ciência e se dedique ao campo escolhido.

Vc gosta muito de criacionismo, pois não sabe o básico de ciências naturais.

Se soubesse, identificaria os erros e a desonestidade intelectual disso tudo e de pronto abandonaria esses absurdos.

Certamente vc é um daqueles "especialistas de internet" que leu meia duzia de artigos criacionistas e se convenceu das baboseiras lá escritas.

Se vc quer aprender algo, compre livros científicos em vez de perder seu tempo com o lixo criacionista, que só faz afastá-lo de deus (pela divulgação de mentiras) e do verdadeiro conhecimento científico (pela ignorância que é levada às pessoas).

é isso meu camarada!!!





Author disse...


Cara, não sei se já lhe disse isso antes, mas aprecio muito essa sua maneira de se expressar sobre religião em termos de "princípios para a vida".

Mais ainda: Acredito piamente que, se todas as pessoas procurassem aplicar semelhantes princípios em sua vida prática cotidiana, talvez nós já estivéssemos quase vivendo o paraíso aqui mesmo, neste planeta (ok, admito que nesta última eu exagerei um pouquinho, rsrs)...

Se me permite observar só uma coisa, acho um tanto contestável e temerário o argumento, frequentemente utilizado por ateus, de que alguns dos eventos históricos relatados no Antigo Testamento - tais como as batalhas entre israelitas e canaanitas, por exemplo - não passam de lenda e jamais aconteceram; pois, ao que me consta, tal suposição se sustenta quase que unicamente pela ausência de evidências (ou, trocando em miúdos, o famigerado "argumento de ignorância", sobre o qual já conversamos bastante) - veja só, como se fosse tarefa das mais fáceis e corriqueiras, ao arqueólogo, encontrar vestígios de eventos presumivelmente ocorridos a cerca de 4.000 anos (?) atrás...

Não obstante, vá lá, admito que pode mesmo ter havido hipérboles hagiográficas; mas, ainda assim, algum fundo de verdade deve ter existido na transmissão dos relatos! Quero dizer, talvez muito do que estejamos lendo hoje na Bíblia signifique nada mais, nada menos, do que literatura produzida por uma pequena, humilde e insignificante tribo semita da era do bronze (digo isso, é claro, sem a mínima intenção de ofender ou desmerecer o seu povo; espero que me compreenda) relatando suas epopeias um tanto fictícias e exageradas acerca de sua "gloriosa" história e importância.

E, se tal for o caso, isso aconteceu exatamente do mesmo modo como nós, aqui no Brasil, também fizemos ao retratar os heróis da Independência e outros personagens de reconhecido destaque na nossa história.

Por exemplo: O nosso "bravo" D. Pedro I, muito provavelmente, não pairava lá, todo garboso, pagando aquela banca de herói incansável, sobre um belo cavalo de raça, quando deu o famoso brado de "Independência ou Morte!" às margens do rio Ipiranga, conforme aparece exposto no museu paulistano do qual não me recordo o nome agora. Não, muito pelo contrário! Até dizem as más línguas que ele estava em cima dos lombos de um jumento, exausto, imundo e até sofrendo com uma dor-de-barriga "daquelas"! kkkk; mas, ainda assim, isso não invalida nem desmerece a historicidade do evento. A Independência realmente ocorreu, é um fato inconteste, e a República permanece aí como fiel testemunha disso.

De qualquer modo, valeu mesmo pelo show de bom senso e racionalidade (aliás, como sempre). Qualquer um que leia seus comentários e que seja capaz de refletir um pouco sobre o que foi dito neles, como eu acabo de ter o privilégio de fazer, fatalmente terá uma verdadeira aula do que realmente significa ser cristão (ou ateu também) e respeitar ao próximo.

Um abraço.

Elyson Scafati disse...

Marcus, toda e qq guerra deixa suas evidências. Isso é patente no Egito contra os hicsos e das guerras entre egipcios e hititas.

Todavia, não é o que se vê na região palestina, com os povos que lá permaneceram e com aqueles que migraram parao Egito (hicsos) e que voltaram após serem expulsos (sim, expulsos e não fugidos como conta o êxodo).

Não havia um povo hebreu. Eram tribos indo-arianas, indo-iranianas, indo-europeias e asiáticas - semitas, ou seja cananitas.

Esse povo saiu do Egito e retornou a suas terras natais após a expulsão. O povo hebreu não era moonoteísta e, tampouco, era um povo, mas um monte de gente diferente, com regras de vida diferentes e deuses diferentes.

Assim viveram até o cativeiro da Babilônia, quando decidiram se firmar como um povo até a libertação levada a cabo por Ciro da Pérsia (o primeiro messias a que a bíblia faz menção).

O que parece ter havido na Palestina foi a assimilação entre os moradores e os recém chegados das terras do Egito, que passaram a conviver e a formar suas cidades-estado de forma a se defenderem contra a ameaça filisteia (provavelmente povos de origem grega).

aqui fala um pouco dessa históra e tem uns links de acesso:

http://freethought.mbdojo.com/archeology.html


As vezes, nem sempre a ausência de evidência é evidência da ausência e este é um caso.

Se procurarmos guerras entre romanos e germânicos, ou entre romanos e cartagineses, ou entre saxões e celtas, as encontraremos.

Porém não encontraremos guerras entre romanos e indígenas sul americanos ou de romanos com chineses.

É o caso para a região. Há indícios de muitas guerras contra egipcios e contra filisteus, mas não há entre hebreus e canannitas, uma vez que eram o mesmo povo.

Quanto à religião parece ter sido influenciada por um povo ou local chamado Shasu.

http://www.breakingchristiannews.com/articles/display_art.html?ID=7493

Voltar à idade do bronze dá trabalho, mas ainda dá para reconstruir algo baseado em realidade.




Author disse...


Legal amigo, analisarei com bastante cuidado os materiais que você acaba de disponibilizar nesse último comentário.

Como já tinha dito antes, sou extremamente leigo tanto em matéria de ciência quanto de religião. Assim sendo, por enquanto, o máximo posso fazer é, vez por outra, tentar questionar algumas coisas ou dar uns "pitacos" aqui no seu blog, e depois aguardar que você, benévola e pacientemente (sorry!), refute os argumentos apresentados.

É perfeitamente possível que, com o passar do tempo, os estudos e as reflexões, dê-se o caso de eu vir reformular meus conceitos a respeito de Deus, da Bíblia ou das religiões em geral, de modo que se aproximem mais dos seus. Claro, por que não? Afinal de contas, como diz um pensamento que escutei alguém, muito sabiamente, dizer outro dia, "mudar de opinião é prerrogativa de quem pensa".

Contudo, mesmo que ocorram tais mudanças, e até lá, creio que isso em muito pouco (ou em nada) alterará um princípio básico pelo qual tenho procurado pautar minha vida e minhas ações, a saber:

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem." (Eclesiastes 12:13)

E pode ficar sossegado: Nesse "guardar os mandamentos", não incluo: Ensinar religião em aula de ciência, odiar negros porque são negros, gays porque são gays, judeus porque são judeus, nem ateus porque são ateus.

Um abraço!