sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Se as "histórinhas evolucionistas são fracas, o que dirá das criacionistas....

Notei uma crítica mordaz de criacionistas a respeito de alguns temas referentes à evolução de certas espécies conforme segue abaixo.

Como o senso de humor criacionista é legal, resolvi também, no curso de explicações pautadas em temática científica, brincar um pouco para não deixar a leitura enfadonha.

Bolei algumas explicações criacionistas para os temas analisados. Só espero que a SCB ou algum site evangélico não leia e diga que sou um criacionista ferrenho.

Espero que não façam uma alusão tal como:

"EX BULDOGUE DE DARWIN ACEITA O SENHOR E SAI EM BUSCA DE SUA REDENÇÃO".

Leitores, (se há algum); desculpem o senso de humor à TUPINIQUIM DEFENSOR DO DI, mas essa, eu acho que precisa.

Darwinistas são famosos por suas “historinhas” que parecem explicar tudo sobre a natureza, sem qualquer evidência real. Se você quiser saber aonde as borboletas arranjaram as marcas que exibem nas asas ou por que os elefantes têm uma tromba, de acordo com a teoria da evolução, então faça uma visita a este blog: www.darwinstories.blogspot.com

E as historinhas criacionistas?



Ao menos tentam se explicar algo além do mito do "Senhor Faz Tudo em 7 dias & CIA"?






Como o material está em inglês, leia aqui a tradução de algumas dessas historinhas:

A história da solha - O biólogo ateu Richard Dawkins explica a história evolucionária do peixe solha da seguinte maneira: “Os peixes ósseos têm em regra forte tendência para ser planos na direção vertical. (...) Quando os antepassados das solhas se puseram no fundo do mar, devem ter se deitado num dos lados. (...) Mas isso levantou o problema de que um olho sempre estava olhando para baixo na areia e era por isso inútil. Na evolução, esse problema foi resolvido ‘movendo’ o olho do lado de baixo, para o lado superior” (http://en.wikipedia.org/wiki/Flatfish).

Quem são as solhas?



Soleidae é uma família de peixes actinopterígeos pertencentes à órdem Pleuronectiformes. As solhas são classificadas nesta família. O grupo surgiu no Eocénico.



As solhas ocorrem em todos os ambientes aquáticos e têm uma larga distribuição geográfica. A maioria das espécies, no entanto, prefere zonas costeiras, até aos 200m de profundidade. O achatamento deste grupo faz-se pelo lado direito do peixe.

As barbatanas peitorais estão ausentes ou são muito reduzidas. As solhas são predadores que se alimentam de peixes e invertebrados bentónicos que caçam de emboscada, com o auxílio de camuflagem.

O grupo inclui 89 espécies, classificadas em 22 géneros, a maioria das quais com interesse económico para a indústria pesqueira.

Os linguados nascem como peixes normais, com um olho em cada lado da cabeça. Conforme crescem, aderem a condição dextrógira ou levógira, similar às pessoas canhotas e destras. Levógiros são aqueles com migração do olho para o lado esquerdo da cabeça durante o desenvolvimento e dextrógiros com migração do olho para o lado direito da cabeça.

Guardados em coleções zoológicas de museus europeus por mais de 100 anos, os fósseis recém-redescobertos do peixe linguado deverá ajudar na reconstituição evolutiva da espécie que possui os dois olhos no mesmo lado da cabeça.

Até agora, pela falta de espécies de transição, um grupo importante de cientistas defende a tese de que os olhos do mesmo lado da cabeça surgiram por causa de uma grande mutação genética e não por seleção natural. Os fósseis de 50 milhões de anos são os primeiros a ser encontrados com essa condição intermediária.

Até então, acreditava-se que durante a sua fase embrionária, os linguados têm um olho em cada lado da cabeça. Após o nascimento, porém, um de seus olhos migra para o outro lado da cabeça.

Para Matt Friedmann, biólogo da Universidade de Chicago responsável pela descoberta, esses esqueletos mostram que os olhos dos ancestrais dos linguados não migraram diretamente de um lado da cabeça para o outro. A alteração ocorreu, sim, do centro para a lateral, de acordo com artigo de sua autoria publicado na revista Nature.

As solhas não só consegue se alimentar melhor quanto se mimetizar com a paisagem no fundo do mar.





Seus antepassados que reuniram tais características conseguiram viver mais, se alimentar melhor e, portanto se reproduzir mais, até que genes que não possuiam tais características foralm eliminados da população.

Aliás, de que adiantaria um olho para baixo? Mais uma vez nossos genes em milhões de anos continuam seu trabalho.

Em evolução não estamos falando de "7 dias" mas de milhões de anos.


Mas como explicar o "caso solha" por meio dos devaneios, digo, da "ciência criacionista"?


Talvez, o velhinho superpoderoso que morava no Sinai achou que deveria fazer uma solha como ela é só para manter o pobre peixinho no fundo do mar escondido, comendo o que aparecia e não o que ele queria.

Talvez fosse exigente com os vegetais que deveria comer ou vivia vendo tudo (mais plausível). Viu e ouviu além do que deveria e contou a Adão e Eva sobre a macieira que deus havia plantado no meio do Eden e suas propriedades fantásticas.


Assim deus disse: "Terás olhos em apenas um lado de tua cara para jamais verdes tudo; viverás no fundo do mar onde a pressão da água é alta e teus ouvidos de nada servirão".

Também creio que deus tivesse o intuito de dificultar a pesca do saboroso linguado, para Adão e Eva não terem prazer de comer algo gostoso e ... assim pecar pela gula.







O rango que Adão e Eva não comeram


Isso os levou a revolta e os instigou a comer da "árvore do conhecimento", a fim de aprenderem como pescar linguado.


Acho que essa deve ser a explicação criacionista, pois para eles tudo se encerra no Gênesis, no pecado e por fim na redenção pelo messias.



A tromba do elefante - No dia 9 agosto 2004, a BBC Radio 4 transmitiu o primeiro de uma série de programas intitulados “Foi mesmo assim – histórias reais”. Estimulado por histórias de Rudyard Kipling para crianças, o apresentador do programa, Alistair McGowan, perguntou: “O que aconteceu realmente?” Esse episódio foi intitulado “Como o elefante arranjou a sua tromba”.

Adrian Lister, professor de Paleobiologia na University College London explicou que a tromba não deixa fósseis. No entanto, o crânio pode ser estudado em busca de evidências de pontos de ligação dos músculos.

Disse que todos os possíveis antepassados do elefante eram pequenos, possivelmente anfíbios, e bastante parecidos com um hipopótamo que também não tem tromba. Entretanto, à medida que os animais cresceram em tamanho, eles tiveram dificuldades em encontrar água.

Não podiam se inclinar para beber por causa do pesco curto e das pernas compactas. Uma tromba permitiu que bebessem água sem se inclinar. Os elefantes ancestrais foram “abençoados pela evolução com essa estrutura maravilhosa” (http://www.biblicalcreation.org.uk/scientific_issues/bcs143.html).


Anfíbios, no caso dos ancestrais dos elefantes, não se tratam da turminha do sapo, mas de animais que passam parte de sua vida na àgua e parte na terra, como hipopótamos, crocodilos, lontras e pinguins.

O antepassado do elefante, de acordo com evidencias físseis era o Moeritherium.

O Moeritherium cujo nome significa " Besta de Moeris " (lago onde foi achado o primeiro fóssil desse animal), surgiu a 36 milhões de anos, tinha apenas 60 centímetros de altura.

Não se sabe ao certo se possuía tromba, se possuí-se elas pequenos vestígios semelhantes a de antas e suas orelhas e presas eram pequenas, habitou o norte da África no final do Eoceno, seu tamanho se assemelhava ao de uma anta, ele se alimentava de gramíneas à beira e dentro da água. Pode ter adotado o estilo de vida semi-aquático como dos atuais hipopótamos.

A equipe da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e da Stony Brook, em Nova York, identificou, a partir da análise do esmalte dentário, que a alimentação destes animais era baseada em plantas aquáticas e eles tinham modo de vida similar ao do hipopótamo.

"O padrão preservado nos dentes é muito similar ao dos mamíferos aquáticos que vivem atualmente. Isso reforça a hipótese de que, em algum ponto da evolução dos elefantes, estes animais eram dedicados a uma vida inteiramente aquática ou anfíbia – eles provavelmente passavam a maior parte do tempo na água", disse à BBC Erik Seiffert, que liderou o estudo.

Os cientistas esperam que o estudo possa oferecer uma melhor compreensão sobre o modo de vida e o comportamento dos elefantes modernos.

Dados do Mamífero:
Nome: Moeritherium
Nome Científico: Moeritherium Lyonsi
Época: Eoceno
Local onde viveu: Norte da África
Peso: Cerca de 180 quilos
Tamanho: 70 centímetros de altura 1,2 metros de comprimento
Alimentação: Herbívora


O Ancestral dos Elefantes

Estudos anteriores que fizeram análises de DNA sugerem que os elefantes eram da família do peixe-boi e do dugongo (mamífero marinho encontrado na Austrália) e de outro animal terrestre, o hírax (animal parecido com um hamster, encontrado ao norte da África e no sudoeste da Ásia).





hirax

Com base nestas análises, os cientistas passaram a sugerir que os elefantes teriam evoluído de um ancestral aquático.

"Temos várias peças do quebra-cabeças; se conseguirmos encontrar mais um exemplo de um elefante aquático ou semi-aquático, isso seria extremamente convincente", disse Alexander Liu, co-autora do estudo.

De acordo com Liu, o ancestral não seria completamente aquático, já que não tinha adaptações como membros parecidos com nadadeiras ou corpo alongado.

Segundo os cientistas, ainda não está claro quando ou porque o ancestral do elefante teria deixado a água para ter uma vida terrestre. Uma teoria levantada pelos pesquisadores é a de que um possível resfriamento no fim do período Eoceno teria secado os rios e lagos, forçando os animais a viverem na terra.




O que é a tromba?

Seu real nome é probóscide. É uma fusão de nariz e lábio superior, alongado e especializado para se tornar o apêndice mais importante e versátil de um elefante. A ponta da tromba dos elefantes-africanos está equipada de duas protuberâncias parecidas com dedos, enquanto os elefantes asiáticas têm apenas uma destas.

Segundo os biologistas, a tromba do elefante pode ter cerca de quarenta mil músculos individuais, o que a faz sensível o suficiente para pegar numa única folha de relva, mas ao mesmo tempo forte o suficiente para arrancar os ramos de uma árvore. Algumas fontes, indicam que o número correcto de músculos na tromba de um elefante é mais perto de cem mil.

A maior parte dosherbívoros (comedores de plantas, como o elefante) possuem dentes adaptados a cortar e arrancar plantas. Porém, à excepção dos muito jovens ou doentes, os elefantes usam sempre a tromba para arrancar a comida e levá-la até à boca.

Eles pastam relva ou dirigem-se as árvores para pegar em folhas, frutos ou ramos inteiros. Se a comida desejada se encontra alta demais, o elefante enrola a sua tromba no tronco ou ramo e sacode até a comida se soltar ou, às vezes, simplesmente derruba completamente a árvore.

A tromba também é utilizada para beber. Elefantes chupam água pela tromba (até quatorze litros de cada vez) e depois despejam-na para dentro da boca. Elefantes também inalam água para despejar sobre o corpo durante o banho. Sobre esta camada de água, o animal então despeja terra e lama, que servirá de protector solar. Quando nada, a tromba também pode servir de tubo de respiração.



Este apêndice também é parte importante das interacções sociais. Elefantes conhecidos cumprimentam-se enrolando as trombas, como se fosse um apertar de mãos. Eles também a usam enquanto brincam, para acariciar durante a corte ou em interacções entre mãe e filhos, e para demonstrações de força - uma tromba levantada pode ser um sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma tromba caída pode ser um sinal de submissão.

Elefantes conseguem defender-se eficazmente batendo com a tromba em intrusos ou agarrando-os e atirando-os ao ar.

A tromba serve também para dar ao elefante um sentido muito apurado de cheiro. Levantando a tromba no ar e movimentando-a para um lado e para o outro, como um periscópio, o elefante consegue determinar a localização de amigos, inimigos ou fontes de comida.

A zoóloga Ann Gaeth, da Universidade de Melbourne, na Austrália esperou anos para conseguir sete fetos retirados de aliás sacrificadas no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, para diminuir o número excessivo de animais.

Ao analisar os rins dos embriões, Ann fez uma descoberta importante. Ela achou pequenos canais, chamados nefróstomos, que servem para filtrar o excesso de sal da água bebida.

Esse detalhe, que desaparece durante a gestação dos elefantes, é resquício de um órgão comum nos animais aquáticos.

Com a descoberta, Ann reforçou uma antiga suspeita: a de que os elefantes têm parentesco longínquo com os peixes-bois. Ambos são mamíferos. A diferença é que, enquanto os peixes-bois continuam nadando, os elefantes saíram da água há cerca de 40 milhões de anos.

Aqui, no atlas virtual da pré história, são apresentados vários elementos da árvore dos proboscídeos.


Mas como criacionistas explicam a anatomia e a genética comparada no caso dos elefantes?

Oras, é a mentira, evolucionista, cientistas são locos religiosos que defendem a fé na evolução, é o diabo confundindo o homem que quer descobrir os designios do todo poderoso, um criador inteligente resolveu dar uma tromba para o elefante não ficar com problema de coluna, e ter de amargar uma hérnia de disco... só pode ser. E

Essa coisa de Moeritherium não existe mais por causa do dilúvio, por que deus quis acabar com ela para os elefantes crocodilos e hipopótamos terem mais espaço nos rios... entre outras pérolas.








o elefante que detonou o Eden

Será que o "deus das lacunas" do criacionismo resolveu dar um narigão para o elefante por que ele era o mentiroso da natureza na época de adão e Eva? Pode ser, se naquela época até cobra falava... Acho que o elefante sendo bem mais inteligente deveria até resolver raiz quadrada.

Talvez tenha mentido para Adão, na tentativa de lhe pregar uma peça, ao lhe dizer que maçã era boa para os intestinos e deus resolveu sacanear com ele. Daí o mito do Pinócchio, que pode ser uma metáfora da bíblia revelada a carlo Collodi alusiva ao narigão do elefante.

Assim, deus disse ao elefante: "Por teres sacaneado Adão, condenar-te-ei a ter um mega nariz, que um dia será o tema da história de um garoto de madeira mentiroso. Carregarás tua tromba onde fores e meterás teu nariz em tudo que não te interessar, terás curiosidade e as fêmeas liderarão tuas manadas."



O pescoço da girafa - Darwin foi o primeiro a propor que o pescoço comprido evoluiu nas girafas porque permitia ao animal comerem a folhagem que estava além do alcance dos animais mais baixos. Essa explicação aparentemente sensata manteve-se de pé por mais de um século, mas está provavelmente errada, diz Robert Simmons.

Simmons é ecologista comportamental no Ministry of Environment and Tourism in Windhoek, na Namíbia, e acredita que as girafas desenvolveram o longo pescoço não para competir pelo alimento, mas para ganhar disputas sexuais. Simmons estudava águias na Sabi Sand Reserve, na África do Sul. quando se deparou com um par de girafas machos travando um combate.


As girafas lutavam balançando seus poderosos pescoços. O movimento permitia que batessem a cabeça no oponente com uma força tal que podia lhe partir as vértebras e levar à morte. Nessas competições, os machos com pescoço mais longo e grosso geralmente prevalecem.

Enquanto Simmons prestava atenção à luta, convenceu-se de que foi essa competição para acasalamento, e não o ato de se esticar para apanhar o alimento da copa das árvores, que levou à evolução do pescoço.






Se tivesse sido a competição pelo alimento a responsável pela evolução do pescoço, diz Simmons, então seria de esperar que as girafas se alimentassem principalmente das árvores altas da acácia, além do alcance dos outros habitantes da savana.

Mas as girafas se alimentam na maior parte das vezes com o pescoços dobrado, nos arbustos baixos (
Discover, v. 18, nº 3, march 1997).



Atualmente fazem parte da família dos girafídeos , cerca de 9 espécies de girafas e o Ocapi, todos habitando a África. Surgiram há aproximadamente 25 milhões de anos atrás durante o Oligoceno na África.






Sendo animais ruminantes são parentes dos atuais bovinos, que possuem uma ancestral comum que viveu no inicio do Oligoceno.

Durante o Mioceno eles se diviram em dois grupos os Sivatheriuns e os Giráfideos, os Sivatheriuns foram extintos a cerca de 5000 anos atrás.








Sivatheriuns


De acordo com as explicações de Darwin, os ancestrais das girafas, tinham pescoço significamente mais curtos. O comprimento do pescoço variava entre os indivíduos das populações ancestrais de girafas.

Essa variação era de natureza hereditária. Indivíduos com pescoço mais longos alcançavam o alimento dos ramos mais altos das árvores. Por isso, tinham mais chance de sobreviver e deixar descendentes. A seleção natural, privilegiando os indivíduos de pescoço mais comprido durante milhares de gerações, é responsável pelo pescoço longo das girafas atuais.

Em uma explicação mais detalhada da "Seleção Natural", note que esse processo pressupõe a existência de variabilidade entre organismos de uma mesma espécie (ex.: variabilidade entre as girafa).

As mutações e a recombinação gênica são as duas importantes fontes de variabilidade. Essa variabilidade pode permitir que os indivíduos se adaptem ao ambiente. É obvio que a mortalidade seria maior entre os indivíduos menos adaptados ao meio, pelo processo de escolha ou "seleção natural", que é uma escolha efetuada pelo meio ambiente. Restando apenas as girafas que melhor se adaptaram ao ambiente.

Quanto ao longo pescoço, os cientistas continuam sem respostas definitivas em relação ao exato caminho evolucionário que os ancestrais do animal tomaram para estimular uma adaptação tão singular. Umas das peças mais surpreendentes desse quebra-cabeça é que a vasta extensão do pescoço contém apenas sete vértebras. É o mesmo número de vértebras que os humanos e quase todos os outros mamíferos possuem.



Como explicação, muitos pesquisadores apontam o petisco preferido das girafas, as folhas de acácia, como responsável por essa extensão adicional do pescoço.

A teoria da evolução diz que as girafas, através da seleção natural, tem aquele pescoço porque seu alimento preferido estava no alto dessas árvores de 6 metros. Entretanto, as girafas também passam algum tempo, particularmente durante a última parte do dia, com suas pernas abertas obliquamente, mastigando gramíneas e arbustos rasteiros [fonte: Dagg and Foster].

Pesquisadores também apontam para que talvez se trate de impressionar as fêmeas de pescoço mais curto. As girafas macho, chamadas touros, brigam numa competição pescoço contra pescoço pelas girafas fêmeas. Semelhante a carneiros entrelaçando chifres em batalhas exaltadas, os touros usam seus pescoços robustos para atingir um ao outro com força esmagadora.

Dessa forma, a hipótese levantada por Robert Simmons não merece ser descartada, mas sim melhor observada e estudada..

As leis da adaptação sugerem que aqueles com o pescoço mais longo e forte ganham a competição.

O ancestral:

O Prolibytherium pertencia ao grupo dos grafídeos, ancestrais das atuais girafas e ocapis, viveu durante o Plioceno há 5 milhões de anos atrás no leste da África, seus chifres se parecem muito com o de cervos e veados, porém seus cascos, rabo e estrutura óssea não deixam dúvidas de sua origem.

Por possuir hábitos semelhantes as das atuais girafas, acredita-se que vivessem em bandos e então os machos teriam desenvolvidos chifres maiores para disputarem territórios e posições hierárquicas.



Dados do Mamífero:
Nome: Prolybitherium
Nome Científico: Climacoceras gentryi
Época: Plioceno
Local onde viveu: África
Peso: Cerca de 100 quilos
Tamanho: 1,5 metros de altura
Alimentação: Herbívora

Aqui, mais parentes dos girafídeos.


Mas qual seria a explicação criacionista para o pescoço da girafa?

Talvez ela tivesse sido o "araponga" do jardim do Eden. Deus deve tê-la feito assim para ficar de olho nas sacanagens que Adão e Eva aprontavam quando ele não estava olhando.









a girafa espiã


Mas um dia a girafa vacilou e eles foram sondar a macieira. Mas felizmente ela pegou e disse para os dois caírem fora senão ia contar tudo para deus.

Ou ainda, sabendo que um dia teria de acabar com tudo pelo dilúvio, deus deve ter feito um projeto inteligente para tornar a girafa parte do mastro da arca de Noé, a fim de ela dar o primeiro alerta de terra firme. Mas foi incompetente para tal função pois uma pombinha foi quem deu o alarme.

Talvez o treinamento para a torre do mastro deve ter sido espiopnar a intimidade de Adão e Eva e fazer o relatório para deus.

Assim deus disse à girafa: "Terás um pescoção e serás desajeitada dentre os animais terrestres. Verás tudo de longe mas será difícil de ver o que se passa sob teu nariz, pois foste incompetente na tarefa de vigiar o casal de humanos."

Bem, se animais falavam, acho que eram capazes também de escrever em tabuinhas de argila.



Como as baleias abandonaram a terra firme - “Na America do Norte, o urso preto foi visto (...) nadando por horas com a boca toda aberta, assim caçando, como uma baleia, insetos que se encontravam na água.












Mesmo num caso tão extremo como este, se o fornecimento de insetos for constante, e se os concorrentes melhor adaptados não existirem no país, eu não vejo nenhuma dificuldade em ver uma raça de ursos aparecer dessa forma (...) mais e mais aquático na sua estrutura e hábitos, com a boca cada vez maior, até surgir uma criatura tão monstruosa como uma baleia” (contador da historinha: Charles Darwin, em A Origem das Espécies, 1ª edição).

se tudo der certo para o urso preto, certamente um dia ele será bem diferente do que é hoje e do que foi de seus ancestrais os Amphicyonids.




Um ramo dessa família continuou sua evolução caminhando para uma alimentação onívora, onde as vezes era necessário escalar árvores e paredes rochosas para se obter o alimento, tornando suas partas mais articuladas, o que é ótimo para manipular coisas e objetos, solicitando uma maior capacidade cerebral ( como ocorreu com o Homem em sua escala evolutiva).

Habitaram quase todo o planeta possuindo uma enorme diversidade em tamanhos e estilos de vida, variando desde pequenos animais exclusivamente herbívoros até enormes animais exclusivamente carnívoros, mas em sua maioria eram onívoros, comendo de tudo ( carne, frutas, peixes, mel, insetos, plantas etc).



As baleias, evoluíram a partir de um onívoro terrícola, o Mesonyx , da ordem Condylarthra que era quase do tamanho de uma raposa. Esta criatura parece que caçava peixes na beira de rios e de mares.


Esses ancestrais dos mamíferos terrícolas foram para o mar no início do Eoceno e se adaptaram à vida aquática.

A despeito do desenvolvimento evolutivo, como a transformação de patas dianteiras e caudas em nadadeiras, as baleias mantém muitos traços de seus ancestrais, por exemplo, ossos semelhantes a dedos nas nadadeiras (Baleia-azul 4 ossos e demais baleias dentadas 5 ossos), respirar ar e amamentar filhotes.




Uma das subordens da Ordem dos Cetáceos, a dos arqueocetos, se extinguiu há longo tempo. Atualmente sobrevivem as baleias dentadas (odontocetos) e as de barbatanas (misticetos).

A descoberta de esqueletos de baleias evidencia a evolução da espécie de animal semi-aquático com pés para o ser aquático que conhecemos hoje, descendentes dos Basilosaurus.

A teoria está baseada na descoberta de mais de 400 fósseis de mais de 40 milhões de anos achados enterrados na areais no Vale das Baleias, na reserva natural de Wadi Hitan, a 200 quilômetros do Cairo.

Especialistas acreditam, incluindo Iyad Zalmout, um paleontólogo jordaniano da Universidade de Michigan que trabalha no local, que a mudança climática fez a comida terrestre se escassear, forçando os animais a evoluir e adaptar-se ao meio aquático.

Em 1983 foram descobertos no Paquistão fósseis de um animal que tinha vivido há cerca de 52 milhões de anos. Este animal, Pakicetus, apresentava ainda corpo com forma para a vida terrestre (membros com capacidade de locomoção em terra) mas tinha um crâneo e dentes com características típicas dos ancestrais dos actuais baleias.

O Pakicetus viveu no início do Eoceno (55,8 ± 0,2 - 33,9 ± 0,1 milhões de anos). Os estratos onde os fósseis foram encontrados eram então parte da costa do Mar de Tetis.


O primeiro fóssil, foi reconhecido por Gingerich e Russell (1981) como um começo de cetáceos, a partir duma característica da orelha interna, encontrada apenas nessa ordem de animais: o grande auditório bulla, formado a partir do osso ectotimpânico.

Isso sugere que se trata de uma transição entre este grupo extinto de mamíferos terrestres e os modernos cetáceos.

Esqueletos completos foram descobertos em 2001, revelando que Pakicetus era um animal terrestre, com o tamanho de um lobo e, em forma, muito semelhante aos mesoniquídeos.

o Indohyus, que viveu há 50 milhões de anos, segundo o paleontólogo Hans Thewissen, tanto a estrutura do crânio como a espessuraa espessura dos ossos das patas e sua composição físico-química, indicaram que o animal passava boa parte do tempo na água.


"Os ossos são como os de animais terrestres, mas sua espessura é como a dos ossos de hipopótamos, que os ajudam a andar no fundo do rio", declarou Lisa Noelle Cooper, uma das autoras do estudo.

Com o objetivo de averiguar o carácter aquático do Indohyus, realizou-se um estudo que incorporou a análise da proporção entre os isótopos δ18O e δ13C do esmalte dentário.

Estes isótopos são bastante estáveis após a morte do animal e posterior conjunto de fenômenos conducentes a sua fossilização e podem ser, e são, utilizados como um indicador do tipo de dieta do animal em estudo.

Por exemplo, o isótopo δ18 do oxigênio revelou a alimentação e o tipo de água ingeridas, pois os valores de δ18 presentes no esmalte do Indohyus eram inferiores aos dos mamíferos quer terrestres quer semi-aquáticos, do Eoceno.

Este fato permite inferir que este animal viveria num ambiente aquático, embora não se podendo afirmar se exclusivamente.

Apesar do Indohyus passar muito tempo dentro de água, alimentava-se também de vegetação em terra, um pouco à semelhança do que acontece com o hipopótamo.

A análise morfológica dos ossos encontrados e da composição química do esmalte dentário permite aos paleontólogos afirmar que o Indohyus não era um nadador exímio, tendo provavelmente vivido em ambiente aquático de pequena profundidade, com os membros assentes ou semi-assentes no fundo.

Este animal alimentava-se também em terra, embora o estudo aponte a possibilidade de uma dieta aquática.

Os fósseis do Indohyus foram achados na Caxemira, região dividida entre Índia e Paquistão. Esses animais não eram bons nadadores, e seus dentes indicam que eles passavam bom tempo na água, sendo uma hipótese é que, apesar de herbívoros, eles nadavam para escapar de predadores. Passando tanto tempo na água começaram a se alimentar ali também.

Onze anos mais tarde e igualmente no Paquistão foi descoberto o Ambulocetus natans, (literalmente baleia caminhante que nada).



O Ambulocetus tinha o tamanho de um leão-marinho e apresentava patas com capacidades para deslocamento em ambiente terrestre e aquático.

Aparentemente o Ambulocetus nadava como uma lontra, com movimentos para cima e para baixo (dados da morfologia da sua coluna vertebral atestam-no).

Em 1995 um terceiro elemento de transição foi descoberto, o Dalanistes. Apresentava os membros mais curtos que Ambulocetus, cauda e crânio mais alongados, ou seja, mais semelhantes às atuais baleias.

Aqui, mais alguns parentes das baleias.

Atualmente mais de uma dúzia de fósseis ilustrativos das transições evolutivas dos cetáceos (grupo a que pertencem as baleias) já foram descobertos.

Complementarmente análises de DNA mitocondrial aos atuais representantes dos cetáceos permitem apontar que estes pertencem ao grupo dos artiodáctilos, mais concretamente são parentes próximos dos hipopótamos.

Mas qual a explicação criacionista para a origem das baleias?

Talvez o animal por ser extremamente guloso tornou-se obeso e deus em vez de condená-lo pelo pecado da gula disse:

"Daqui para frente comerás para sempre o Krill, pois essa praguinha que criei, por um mal planejamento, está se tornando dona dos oceanos, que também criei e tu estarás encarregada de controlá-los".

Mas algumas por não serem tão obesas continuaram com seus dentes e puderam em paz desfrutar dos "prazeres da carne" opa!!! esqueci... naquele tempo todos os animais eram vegetarianos... (que erro crasso!!!!) .

Assim as baleias (misticetos) foram comer plancton e as orcas (odontocetos) continuaram comendo algas e às vezes uns repolhinhos que Adão e eva lhes davam.






Adão e a baleia gulosa trocando uma idéia


Assim, isso tornou os dias de Adão e Eva mais enfadonhos, pois sua diversão era dar repolhos e alfaces para as baleias grandes brincarem e comerem.

Se uma pediu aquela frutinha vermelha... ninguém sabe.

Mas como baleias são bem espertas e a época falavam, pode ser que reinterpretemos a história da maçã e tudo nao tenha passado de um mal entendido.

Adão e Eva somente foram pegar uma maçãzinha para uma baleia fominha que estava passando mal, pois segundo o elefante, maçã era bom para o intestino, mas a solha sabia o que se escondia por trás do fruto proibido (o conhecimento).

Mas acreditar numa solha ou no elefante? Bem o elefante é mais esperto e deve ter lido isso em algum lugar, então vamos acreditar nele.

Mas a girafa desta vez vacilou (estava comendo uma deliciosa acácia ou gramíneas - mais plausível) .

Ou o urso que deveria estar de olho na macieira mais de perto deve ter tirado uma soneca e pronto o casalzinho roubou as maçãs de deus.





o urso incompetente


Logo, deus disse ao urso: "Já que és um preguiçoso, não comerás durante o inverno, que a partir de agora farei existir. Terás de encontrar um abrigo para dormir e se não encontrares comida, o inverno será tua morte. Futuramente serás o símbolo de uma nação decadente, que blefará por 80 anos e que sucumbirá frente aquela cujo símbolo é a águia, pois pelo menos esta foi competente e foi quem dedou o roubo daqueles dois macaquinhos pelados. "






o dedo duro


Quanto a serpente... Tadinha só estava relaxando na macieira quando o casal perguntou se aquela era a macieira e se tinha umas frutinhas maduras para levar para a baleia.

Como todo réptil, não era muito chegada a conversa e disse: ó tá ali, pega logo e se manda que eu quero descançar pois acabei de engolir um maracujá.

Desvendamos, finalmente, o "mistério do Genesis". A serpente foi o bode expiatírio. (sabemos sua história). Perdeu seus membros e até mereceu um lugar de destaque como o vilão do Gênesis.





a serpente que se ferrou

Assim, os dois cataram a maçã e levaram para a baleia e como Eva estava meio indisposta tal como Adão, pois haviam comido muito repolho com batata doce crua, junto com a amiga baleia, também resoveram provar da fruta milagrosa.

Deu no que deu....

Portanto, é evidente que a Solha, o elefante, a girafa, o urso, a águia e a baleia são os verdadeiros culpados da decadência humana, do pecado do e dilúvio (nada como ter estudado direito penal na USP... brigadão professora A.E.L.B.).

Mas vejamos o lado bom disso tudo: podem ser os protagonistas de nossa salvação pelo messias.

Mas antes disso deus disse ao homem: "Colocarei ossos de animais parecidos contigo sob a terra. Algum bobão criará uma teoria maluca denominada evolução e outros panacas irão atrás dele. Não contentes com isso, inventarão a abiogênese e o big bang, sob o patrocínio de satanás.

Será conhecida tua origem como sendo a partir de um ser simiesco. Mas nem tudo estará perdido, criarei os criacionistas que saberão dos meus segredos e libertarão o mundo das infâmias evolucionistas, e de cientistas mal educados como o falso profeta da evolução e ateu fundamentalista Dawkins, que falará contra mim e meus escolhidos (os criacionistas) com a voz do dragão,

Tornarei a Nação da Águia o berço de minha doutrina, o criacionismo, e farei com que a "Terra das Bananas" seja recanto fértil para tal, pois ambas as nações abrigarão um séquito supersticiosos, porém diferentes em sua essência.

A nação da águia será da futura religião de meu enviado e pregará a bíblia aos quatro cantos com seus missionários, dizendo o que indios da Terra das Bananas devem fazer. Farão isso por meio de ONGs na Amazônia, cujo objetivo e tomar as riquezas da Terra das Bananas, principalmente sua água e sua biodiversidade.

Quanto aos habitantes da Terra das Bananas, freqüentemente estarão consultando os espíritos do capeta e não estarão nem ai para nada, exceto com criações do capeta chamadas carnaval, e corrupção.

Mas muitos serão fundamentalistas e serão eleitos pelo povo, farão parte de cargos importantes e lutarão para implantar o criacionismo nas escolas, a fim de banir as mentiras dos cientistas e tornar a nação mais idiota do que ela será.

Isso tudo porque eu sou o senhor teu deus!!!"

Acho que dessa vez eu enluoqueci!!!!!!

Nunca disse tanta baboseira hehehehehe!!!!!!

Mas é segredo... isso me foi revelado em sonho!!!!



Como não podiam deixar barato, lá vem a ironia idiota de sempre:

Esqueça os contos de fadas, coelhinho da Páscoa e Papai Noel. Estas histórias são bem mais legais!

Assim, eu diria aos criacionistas:

Parem de falar bobagens e ter preguiça mental, além de chutar tudo para deus. Peguem um bom livro ou vão para uma escola aprender ciências de verdade e não a psudociência do criacionismo e de seu desfarce pseudocientífico o DI.

Garanto que bons livros serão bem mais esclarecedores que a bíblia sagrada no que se refere ao estudo das ciências naturais.

Logo se quiserem aprender ciências, esqueçam a bíblia e os materiais (lixo) criacionistas. Os livros são bem mais legais e a escola também.

Livrem-se dos mitos da religião e de seus devaneios que somente os faz cair no ridículo. Libertem-se da ignorância, da intolerância e do fanatismo, pois eles são o tempero para a tirania.

Não sei se acharam legal os "DELÍRIOS CRIACIONISTAS DE ELYSON". Acho que dentro em breve se tornará um "best seller" para crianças evangélicas entenderem por que cada espécie é como é, além de "material científico" a ser usado em escolas criacionistas.

Mas já vou avisando aos criacionistas que quero meus direitos autorais, pois sei que ficou bem melhor que Origem das Espécies e que o Relojoeiro Cego,.

Confesso que as explicações aqui apresenrtadas ficaram mais ridículas que aquelas apresentadas pelos sites criacionistas e que as da SCB.




sábado, 10 de janeiro de 2009

Extinção Permo-Triássica: A Grande Morte

Adaptado a partir do documentário Abalos Terrestres - Meteoros Gigantes - History Channel ( ver os vídeos aqui: 1 , 2 , 3, 4, 5).

INTRODUÇÃO:


Muitas são as dúvidas em relação ao que ocorreu há 250 milhões de anos no que se refere á extinção permiana.

Cerca de quase toda a vida no planeta foi extinta (90% da vida marinha e 70% da vida terrestre), o que distoa dos estimados 80%, quando se trata da mera queda de asteróide gigante. O risco da Terra se tornar um planeta morto foi grande.

Segundo os cientistas, houve uma grande ação vulcânica na região da atual Sibéria, cujas quantidades de lava derramadas e gases tóxicos lançados na atmosfera causaram um efeito estufa muito grande que mudou a bioquímica dos oceanos e da atmosfera, eliminando quase toda a vida no planeta.




Para outros foi um impacto de um corpo celeste ou na região da atual Austrália (em Bedout) ou na Antártica.








Mas, de acordo com as evidencias e estudos, não poderiam ter ocorrido eventos simultâneos, tudo deseencadeado pelo impacto de dois corpos celestes, um na Antártica, que retornando no passado (Continente de Pangea e Oceâno de Pantalassa) resulta no ponto antípoda da sibéria e outro na região de Bedout?

Segundo pesquisadores, estes eventos possibilitaram a evolução dos dinossauros, que reinaram na Terra por 170 milhões de anos.

Vejamos o que temos de evidências segundo o documentário "Abalos Terrestres - Meteoros Gigantes".



A PESQUISA DE LUANN BECKER

A Dra. Luann Becker, pesquisadora geoquímica da Universidade da Califórnia, tem liderado uma pesquisa em busca de traços de impactos de asteróides. A pesquisa se iniciou na região de Sudbury no Canadá, a qual parece ter sofrido com um impacto entre 1,8 e 2 bilhões de anos atrás.

A presença de irídio espalhado pela cratera de 250 Km de diâmetro e 35 Km de profundidade sugerem um corpo celeste de aproximadamente 19 Km de diâmetro.



Até então não existiam provas conclusivas de tamanho poder de penetração dos meteoritos na crosta superior. O geólogo Prof. James Mungall disse que no Complexo Ígneo de Sudbury foi descoberta pela primeira vez uma evidência clara do fenômeno bem como da movimentação de material do fundo da crosta para a superfície do planeta.

Com a ajuda dos pesquisadores Jacob Hanley e Doreen Ames, o geólogo concluiu que o complexo é predominantemente derivado de rochas derretidas que migraram da crosta inferior por causa da colisão.

A Bacia de Sudbury é a segunda cratera de impacto mais antiga do mundo e é também uma das mais acessíveis e melhor preservada para estudos. A mais antiga é a Cratera Vredefort na África do Sul, datada em 2 bilhões de anos.




De acordo com a pesquisadora Luann Becker, as rochas apresentam sinais claros de impacto, como torções e forma piramidal pontuda (aqui).





Também, pelo fato do referido corpo celeste ter revirado a crosta terrestre no local, há a presença de uma grande mina de cobre e níquel, sendo que estes metais foram trazidos das profundezas da terra devido ao impacto.

Luann Becker e Robert Poreda, físico da Universidade de Rochester em Nova York, também descobriram a presença de fulerenos (uma quarta forma alotrópica de carbono - carvão, grafite e diamante) nas rochas canadenses.





A maior cratera até então encontrada é a de Vredefort, situada na província sul-africana de Free State. Até há pouco os cientistas acreditavam que esta cratera era uma relíquia vulcânica do passado.Uma equipe de geólogos da Universidade de Witwatersland está estudando-a a fundo e já têm um veredito: a cratera de Vredefort foi causada por um gigantesco choque cósmico há 2,1 bilhões de anos.


OS FULERENOS E SUA RELAÇÃO COM IMPACTOS EXTRATERRESTRES

W. Kroto e R. E. Smalley, em 1996, lançaram laser em grafite a mais de 104 °C e verificaram em espectrometria de massa que o produto continha uma série de moléculas com número de átomos de carbono de 44 a 90. A concentração de moléculas variava, mas a de 60 carbonos era a de maior destaque.

Este novo grupo de compostos, os fulerenos, é um grupo de compostos aromáticos.

A denominação fulereno é uma homenagem ao arquiteto R. Buckminster Fuller que construiu e popularizou as cúpulas geodésicas, que usam o mesmo princípio na aparência.

Os fulerenos são moléculas estruturadas na forma de “gaiolas”, ou seja, elas têm a forma fechada em si. Os fulerenos são constituídos por uma rede formada por pentágonos e hexágonos, fechando assim a "esfera".

Cada carbono de um fulereno está hibridizado em sp² e forma ligações sigma (ligação simples) com três outros átomos de carbono, restando um elétron de cada carbono, que fica deslocalizado num sistema de orbitais moleculares que atribui à molécula o caráter aromático.

Os fulerenos possuem quantidades diferentes de átomos de carbono, podendo ser formados por 20, 60, 70, 100, 180, 240 e até 540 átomos de carbono.

É comumente falado do C60 e também do C70, pois estes foram os primeiros a serem descobertos e também são os mais comuns, mas os outros também têm importância na classe dos fulerenos.

Os fulerenos são estruturados na forma de "gaiolas" (buckyballs), ou esferas ocas, que são formadas por anéis de 5 e 6 átomos de carbono, sendo estas estruturas bastante estáveis, sendo possível encontrá-las na natureza, como mais uma forma alotrópica do carbono.



Estes compostos possuem a capacidade de "aprisionar" átomos ou moléculas de gases em seus interiores. Um exemplo é o aprisionamento do hélio e do argônio no interior de um tipo de fulereno, que foi encontrado, sendo que os gases guardavam todas as características dos isótopos presentes.

Para uma molécula "entrar" na estrutura dos fulerenos é necessário que ela possua uma determinada quantidade de energia, pois ela tem de romper a resistência provocada pelos elétrons livres desta estrutura. Quando as moléculas estão no interior da estrutura, elas não conseguem mais sair.

Quando ocorre a penetração de átomos de metais no interior dos fulerenos, ocorre então a formação de sais, os chamados, bucketos, que possuem faces metálicas.

Os fulerenos purificados têm uma grande atratividade no que se refere à cor. O C60, por exemplo, é um sólido com cor de mostarda e quando dissolvido em solução de hidrocarbonetos aromáticos, como o benzeno, a solução possui uma coloração magenta, avermelhada. Já o C70 possui uma coloração marrom avermelhada e em solução tem a cor vermelho vinho. O C76, C78 e C84 são amarelos.

Atualmente muitos compostos de fulerenos são conhecidos e estudados, tais como os bucketos citados acima e os fulerois, C60(OH)n (n=24-26), entre outros compostos.

Luann Becker e Robert Poreda procuravam a presença de ar de 2 bilhões de anos dentro dos fulerenos encontrados nas rochas, mas tiveram uma grande surpresa.

Ao invés de ar de 2 bilhões de anos, Becker e Poreda encontraram Hélio-3, o qual somente pode ser formado no espaço. A concentração de He-3 nos fulerenos é 200 vezes maior que a encontrada na natureza aqui do planeta Terra. O Hélio presente aqui no planeta é He-4.




Desse modo, os cientistas na reunião da Academia Nacional de Ciências concluíram que tanto os gases e seus curiosos recipientes se originaram no espaço, pois a alta concentração de hélio 3, é encontrada, em sua maioria, no espaço. Porém, os cientistas não sabem precisar quando e onde sos fulerenos e o He-3 se formaram.



Segundo Becker, os fulerenos se desenvolvem sob densas pressões e temperaturas extremas como aquelas do ambiente pré-solar. Nessas condições,o He-3 poderia ter sido aprisionado dentro dos fulerenos

O físico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York concorda que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que se originaram de estrelas próximas ao nosso Sistema Solar.

"Talvez tenham se formado antes do nosso sistema solar ou em um plasma de alta teor energético", disse. Becker publicou suas descobertas juntamente com Poreda e Ted Bunch do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett, na Califórnia.

Becker e Bunch identificaram as estruturas pela primeira vez no mês de julho, em pedaços do meteorito Allende, que possui 4.6 bilhões de anos e que foi encontrado no México há décadas. Algumas delas chegavam a ter 440 átomos de carbono.

A descoberta da presença de fulerenos oferece um novo método para que se possa remontar à origem de eventos geológicos e biológicos ligados à idéia das explosões de meteoritos e cometas, reforçando a teoria de que alguns dos gases terrestres atmosféricos e componentes orgânicos se originaram no espaço.

De acordo com Becker, "esse achado abre novas possibilidades de interpretação do problema de como as atmosferas planetárias evoluíram e talvez até como a vida se desenvolveu na Terra e em outros planetas e luas".

Becker e dois colegas encontraram os gases em amostras da Dinamarca, Nova Zelândia e América do Norte tiradas de uma camada sedimentada de argila de 2,5 centímetros de espessura que divide os períodos cretáceo e terciário.


A EXTINÇÃO PERMIANA

O período permiano ocorreu entre 286 a 245 milhões de anos, foi o último período da era paleozóica.

A separação entre o paleozóico e o mesozóico ocorreu no fim do permiano na grande extinção maciça a maior registrada na história da vida da Terra. Esta extinção afetou muitos grupos de organismos em ambientes variados, porém, afetou as ecologia marinha com mais intensidade, causando a extinção da maioria dos invertebrados marinhos do paleozóico.


Alguns grupos sobreviveram a extinção maciça permiana em números extremamente diminuídos, porem nunca mais alcançaram outra vez o domínio ecológico que tiveram. Na terra, uma extinção relativamente menor dos diapsídeos e dos sinapsídeos mudou a maneira de domínio das espécies, dando origem no triássico a idade dos dinossauros.

As florestas gigantes de pteridofitas deram espaço as florestas de gimnospermas em definitivo. As coníferas modernas aparecem primeiro no registro fóssil do permiano.

A geografia global da época indica que o movimento das placas tectônicas tinha produzido o supercontinente conhecido como Pangea (somente Ásia era quebrada ao norte naquele tempo o resto do mundo estava concentrado na pangea).

O continente de Pangea começava no pólo norte e ia até o pólo sul. A maior parte da superfície da terra foi ocupada por um único oceano conhecido como Panthalassa, e um mar menor ao leste de Pangea conhecido como mar de Tethys.




Os modelos indicam que as regiões interiores deste continente vasto eram provavelmente áridas. Há indicações que o clima da terra mudou naquele tempo, e que as glaciações diminuíram, quando o interior do continente se tornou mais seco.


Quanto as causas da extinção permo-triássica, as controvérsias surgem em torno do vulcanismo e do impacto de asteróide.

Todavia, ambos os eventos podem estar relacionados.

Conforme os estudos de Mark Boslow, físico de impacto do Sandia Natural Laboratories (Universidade de Minessotta), a ligação dos eventos queda de asteróide e vulcanismo pode ter origem no "efeito contra-golpe".

Modelos computadorizados sugerem que, quando da queda de um corpo celeste, surge um foco de energia no lado oposto ao impacto, denominado "foco antipodal".








Tal deslocamento de energia poderia provocar o intenso vulcanismo no lado oposto ao impacto, formando um "ponto quente" que se trata de um depósito de magma próximo à crosta terrestre. O ponto não se move, mas a placa sobre o magma se move.

Nos pontos quentes o magma tem origem em câmaras não móveis, diferentemente dos vulcões comuns que se formam pelo encontro de placas tectônicas, cujas rochas derretem e são expelidas na forma de magma, originando os vulcões.





Nas ilhas havaianas há a formação de um ponto quente, uma vez que a cadeia de ilhas tem se formado por meio de atividade vulcânica, sendo que a placa sobre o magma se desloca, o que dá a característica de uma cadeia de ilhas.




Os pontos quentes podem ser um indício de impacto de asteróide, mas, como no caso das ilhas havaianas, não há como saber onde se encontra sua cratéra de impacto.

A Teoria Antipodal de Boslow foi confirmada pelo modelo criado no super-computador Red Storm da NASA, capaz de realizar 41, 5 trilhões de cálculos por segundo. A simulação de uma queda de asteróide deslocou um intenso fluxo de energia para o local oposto ao impacto na esfera.

No caso da simulação conforme as dimensões do planeta Terra, uma hora e meia após o impacto, a energia, que viaja sob forma de onda a cerca de 13,5mil Km /h, chega ao ponto antípoda, criando um ponto quente, o que culminaria em intenso vulcanismo.

Mas quem seria o verdadeiro assassino do Permiano?

De acordo com a teoria de Lee Kump, geólogo da Universidade da Pensylvânia, o verdadeiro assassino é o ácido sulfídrico (H2S).



O efeito H2S foi detectado no Lago Green no Estado de New York. Aparentemente, este lago é um lago como qualquer outro. Mas entre 18 e 20 metros de profundidade, suas águas são extremamente tóxicas, contaminadas por
bactérias sulfato-redutoras.

Acredita-se que este lago possa representar o ambiente dos antigos oceanos durante a extição permo-triássica, durante a qual parece que os oceânos se tornaram desprovidos de oxigênio e altamente contaminados por gases sulfídricos em suas águas profundas, o que poderia ter matado boa parte da vida marinha.


De acordo com os experimentos de Kump, o H2S absorve o oxigênio, o que confirmaria o aniquilamento da vida animal. O
H2S, na presença de O2, se oxida em ácido sulfúrico (H2 SO4) conforme a reação:H2S + 2O2 --> H2SO4. Sem dúvida, isso envenenaria tanto os oceânos quanto a atmosfera (basta algumas centenas de PPM - partes por milhão de H2S para que o ambiente se torne tóxico).


Mas, como o assassino se difundiu nos oceanos?


Embora tivesse ocorrido um impacto de asteróide e com ele a Terra teria sido imersa em um inverno nuclear, este teria duração de alguns anos. Mas o vulcanismo (erupção de pluma causada pelo ponto quente) persistiu por cerca de 1 milhão de anos, o que poderia causar um forte efeito estufa no planeta.

O H2S ocorre naturalmente no petróleo cru, gás natural, gases vulcânicos, e mananciais de águas termais (próximas a vulcões).

Também pode ocorrer como resultado da degradação bacteriana de matéria orgânica em condições anaeróbicas, a partir de alguns aminoácidos ou pela redução de sulfatos presentes em microrganismos sulfatoredutores.

Assim, devido ao aquecimento global, com a conseqüente morte da fauna e da flora marinhas e ao vulcanismo intenso também causador do efeito estufa e possível fonte de maiis H2S, as bactérias sulfato-redutoras se proliferaram no fundo dos oceanos, tornando o extremamente tóxico e causando mais mortes ainda.

Lee Kump, por meio de modelos matemáticos concluiu que o prazo de 100 mil anos foi suficiente para desencadear a catástrofe de envenenamento das águas, além do fato de o mundo ter se tornado árido por aproximadamente 20 milhões de anos.

O trabalho da a paleoecologista da UWM Margaret Fraiser sugere que as estimativas do CO2 na atmosfera de então ficam entre 6 a 10 vezes mais do que a atual.




Essa teoria faz sentido, se correlacionado o evento da alta peercentagem de CO2 na atmosfera com a maior erupção vulcânica contínua da Terra – conhecida como as “Armadilhas Siberianas” – as quais exalaram CO2 por cerca de um milhão de anos antes da extinção em massa Permiano-Triássica.

A hipótese se desdobra da seguinte maneira: Altos níveis de CO2 aumentariam as temperaturas, resultando em um aquecimento global em larga escala. Sem água fria nos Polos, a circulação oceânica teria estagnado. Os oceanos teriam se tornado pobres em Oxigênio, matando a vida nas águas mais profundas onde não havia a oportunidade para a água se misturar com o pouco Oxigênio restante na atmosfera.

Mais Dióxido de Carbono teria sido criado, à medida em que formas de vida iam morrendo e os micróbios os fossem decompondo, o que, por sua vez, teria criado o venenoso Sulfeto de Hidrogênio. Os oceanos teriam se tornado um coquetel inabitável.

De fato, muitos eventos de CO2 ocorreram na escala de tempo geológica e eles, literalmente, deixaram sua marca.

“Pode-se ver onde as rochas se tornam escuras”, diz Fraiser, apontando as camadas multicoloridas em uma amostra fóssil do período. “Isto é uma indicação de baixos níveis de Oxigênio na época. Estes são de locais que estavam submersos no início do Período Triássico”.

Fraiser, que acabou de concluir seu primeiro ano na UWM, é titular de uma de várias novas cadeiras de geociências e seu emergente programa de paleobiologia.

Ela coletou amostras fósseis dos sobreviventes do período nos locais onde hoje são a China, Japão, Itália e o Oeste dos Estados Unidos. As semelhanças entre os fósseis de todos esses lugares foi surpreendente.

“É algo inesperado ver isso”, afirma Fraiser. “Parece que esses bivalves e gastrópodos foram os únicos sobreviventes em todo o mundo”.

Eles possuíam todas as características certas para tolerar a falta de Oxigênio, diz ela. Eles eram pequenos habitantes de águas rasas, com um alto metabolismo e formato chato que lhes permitia se espalharem para extrair mais do limitado Oxigênio quando se alimentavam.

As condições tóxicas também inibiam a vida marinha em produzir conchas. O tamanho, de repente, tornou-se significativo para os moluscos e somente os muito pequenos sobreviveram, erodindo a cadeia alimentar marinha.

À medida em que organiza os registros rochosos de logo após a extinção em massa Permiano-Triássica, Fraiser também desenterrou indícios que explicam porque levou tanto tempo para a vida se recuperar. A resposta parece ser mais do mesmo: os níveis de CO2 permaneceram altos por muito tempo após a matança inicial.

“ Após outros eventos de extinção em massa na Terra, a vida ressurgiu dentro de 100.000 a um milhão de anos”, diz ela. “Mas com a extinção em massa Permiano-Triássica, nós não vemos uma recuperação por 5 milhões de anos. Existe uma complexidade e diversidade ecológica muito baixa por todo este tempo”.

Outro aspecto intrigante deste intervalo da história da Terra, diz Frasier, é que, de acordo com o registro das rochas do Triassico, ele foi limitado por dois eventos de CO2.

O primeiro foi o desaparecimento dos recifes de coral. “Esta falta acionou o alarme”, diz ela. “Isso era o que indicava que os níveis de C02 estavam elevados”.

No final, grandes comunidades de bivalves prevaleceram em números tão grandes que eles formaram seus próprios recifes.

O mapeamento de Fraiser do “efeito dominó” do CO2 na vida marinha do Triássico inicial tem valor para o estudo científico das alterações climáticas atuais, afirma o Professor de Geologia da UWM John Isbell.

“O sitema da Terra não se importa de onde vem o CO2”, diz Isbell. “Ele vai responder da mesma maneira”.

Neste evento catastrófico, os diapsídeos conseguiram sobreviver e abriram espaço para a era dos dinossauros.

AS EVIDÊNCIAS DO IMPACTO DE ASTERÓIDE

Luann Becker e sua equipe encontraram um grande número de evidências em uma cratera com cerca de 200 quilômetros de diâmetro na costa noroeste da Austrália em Bedout que data de há 250 milhões de anos, o que sugere um asteróide com cerca de 11 Km de diâmetro.





Segundo eles, as descobertas se encaixam com a extinção em massa que teria ocorrido no fim do Permiano, quando o mundo era formada por uma grande massa de terra conhecida como Pangea e um superoceano chamado Pantalassa.

Entre as pistas descobertas estão diversas amostras de quartzo modificado por um forte choque. "Pouquíssimas circunstâncias terrestres têm a possibilidade de desfigurar o quartzo dessa forma, mesmo as elevadas temperaturas e pressões encontradas nas profundezas do planeta", disse Luann em comunicado da UCSB.


O estudo se tornou possível quando a cientista norte-americana soube que empresas petrolíferas haviam perfurado a região nas décadas de 70 e 80, expondo seu interior.

A cratera está associada a um período de extremo vulcanismo e à quebra da Pangea. "Acreditamos que extinções em massa podem ter sido definidas por catástrofes, como impactos de meteoros e vulcanismo, ocorridas num mesmo período", disse Becker.

Porém há controvérsias, pois segundo outros cientistas, a cratera de Bedout pode ser uma falha oceânica resultante de atividade vulcânica, além de resultar em um ponto antípoda há 10 mil Km de distãncia da Sibéria, onde ocorrera o intenso vulcanismo.

Mas Becker argumenta em torno da presença de montículos no centro da cratera denominados de mascon, formado por um lançamento secundário de escombros, após a queda do asteróide, em linha vertical ao centro da cratera.



Em experiência realizada pelo Laboratório de Mineápolis, o mascon formado no midelo coincidiu com o montículo presente nos mapas gravimétricos do acidente geológico encontrado em Bedout.

Segundo Ralph von Frese, da Universidade Estadual de Ohio, o evento que causou a extinção permo-triássica ocorreu na Terra de Wilkes,ao sul da Austrália, no continente Antártico.

Ele e Laramie Potts chefiaram a equipe responsável pela descoberta. Seus resultados preliminares foram apresentados na Assembléia da União Geofísica Americana. A cratera, de 450 km, está escondida a mais de dois quilômetros de profundidade, sob o gelo da Antártida. As medições de gravidade que revelam sua presença indicam que pode ter 250 milhões de anos - o período da extinção Permiano-Triássica.



Os cientistas usaram flutuações de gravidade medidas pelos satélites Grace, da Nasa, para checar o que existe debaixo da superfície gelada da Antártida, e descobriram um "tampão" de material do manto - a camada da Terra que fica abaixo da crosta - com 300 km de diâmetro.

Essas concentrações de massa, ou "mascons", são o equivalente planetário de um galo na cabeça. Elas se formam quando grandes objetos colidem com a superfície de um planeta. No impacto, o material mais denso do manto se eleva, num rebote, e colide com a crosta acima.

Ao sobrepor a imagem de gravidade com imagens de radar do solo sob o gelo, os cientistas encontraram a mascon centrado com perfeição numa ravina circular de 450 km - uma cratera.

Van Freese também alega ser este ponto o antípoda da Sibéria onde ocorrera o intenso vulcanismo à época da extinção permo-triássica, bem como ser a crosta terrestre nessa região mais fina que o usual, o que sugere um forte impacto de asteróide com cerca de 40 Km de diâmetro.

Todavia não há confirmações da descoberta devido ao fato da cratera estar sob 2 Km de gelo.


O SURGIMENTO DOS DINOSSAUROS

Os répteis diferem dos anfíbios pela estrutura do encéfalo, de certos órgãos sensoriais, do coração do rim e das gônadas. Além destes fatores, nos répteis a pele é seca e coberta de escamas epidérmicas córneas, enquanto que nos anfíbios é úmida e nua.

Os primeiros anfíbios possuíam sulcos sensoriais em certos ossos. Se um fóssil for classificado em réptil por sua anatomia e apresentar vestígios destes sulcos, isto significa que o animal levava uma vida aquática ou pelo menos passava por fases aquáticas. Foi o que aconteceu com o Seymouria e portanto, constatou-se pertencer aos anfíbios.

Considera-se os primeiros répteis verdadeiros animais muito pequenos do Carbonífero Superior, com hábitos terrestres, membros muito desenvolvidos e tronco curto. O réptil mais antigo conhecido é o Hylonomus encontrado fossilizado dentro de um tronco de licopodínea, rodeado de sedimento.

As espécies fósseis dos répteis foram classificadas baseadas em estudos da anatomia da estrutura dos crânios, em especial da região temporal, por cima e atrás das órbitas. Portanto, podemos classificar os répteis de crânios Anapsida, Euriapsida, Sinapsida e Diapsida.




De acordo com evidências fósseis, os Dinossauros surgiram em meados do período Triássico após a extinção permo triássica onde mais de 90% das espécies animais foram extintas. Estas criaturas divergiram dos arcossauros, sendo o primeiro gênero de dinossauro conhecido, o Eoraptor estabelece a sua presença no registro fóssil de 235 milhões de anos.

Estes répteis surgiram como seres pequenos alguns carnívoros e outros herbívoros, começaram a superar outros répteis em competições por comida, tornando-se cada vez mais populosos e diversificados ( surgindo muitas espécies novas e cada vez mais adaptadas ao meio ).

Durante o período Jurássico, os Dinossauros continuaram a evoluir. Apareceram os dinossauros carnívoros de médio porte e para se defenderem os herbívoros tiveram que se adaptar, alguns se tornam enormes e outros tornaram-se valtamente encouraçados.

No período Cretáceo os Dinossauros tem o seu auge em diversidade de espécies e em tamanhos. Surgem os magníficos Argentinossauros ( maiores saurópodes que se tem notícia ) , os aterrorizantes Terópodes gigantes como o Tiranossauro e o Giganotossauro ( considerado o maior dos terópodes, ultrapassando o Trex em quase 1 metro ).

Anteriormente à extinção permo-triássica, os répteis dominantes eram os sinapsídeos, sendo seus representantes de maior destaque os herbívoros dissinodontes e os carnívoros gorgonopsianos.

Os répteis Sinapsídeos foram pequenos predadores, sem dúvida insectívoros, que individualizaram-se a partir do Carbonífero Superior, há 290 milhões de anos. Os seus descendentes, répteis muito possantes de 1 a 3 metros de comprimento, desempenham um papel muito importante nos ecossistemas do Permiano Inferior: alguns vivendo essencialmente na água, como o Ophiacodon que devia alimentar-se de peixes, e outros mais terrestres e vegetarianos como o Edaphosaurus, apresentando dentes molares.

Os Sinapsídeos apresentam várias características dos mamíferos, nomeadamente a existência de uma única fossa temporal de cada lado do crânio e a diferenciação de dentes molares, mas no essencial, a sua anatomia mantém-se tipicamente reptiliana, com membros transversais, coanas e uma pequena cavidade neurocraniana.

Tanto o Dimetrodon como o Edaphosaurus tinham o que se pode considerar um primeiro esboço de termorregulação: enormes espinhas ósseas dorsais, que constituíam uma extensão das vertebras e estavam, sem dúvida, cobertas por uma mebrana vascularizada.

Os répteis sinapsídeos compreendem os Pelycosauria (grupo mais primitivo) e os Therapsídeos (ou répteis mamalianos evoluídos), que representam a transição para os verdadeiros mamíferos.

Pelycosauria: foram formas parecidas com o Dimetrodon, mas com espinhas neurais curtas, que deram origem aos sinapsídeos mais evoluídos. São conhecidos principalmente nas jazidas do Permiano Inferior da América do Norte e leste da Europa.

Therapsídeos: sucessores dos Pelycosauria, os répteis mamalianos tem um distribuícão muito mais vasta. Datam do Permiano Superior e foram primeiramente descobertos na Bacia de Karoo (África do Sul) e hoje são encontrados nas jazidas da plataforma russa.

As espécies fósseis dos répteis foram classificadas baseadas em estudos da anatomia da estrutura dos crânios, em especial da região temporal, por cima e atrás das órbitas. Portanto, podemos classificar os répteis de crânios Anapsida, Euriapsida, Sinapsida e Diapsida.

  1. Os répteis de crânio Anapsida: tinham o crânio definido pela falta de fossas temporais e portanto, adquiria uma aparência sólida. Considerados os répteis mais primitivos, viveram desde o Carbonífero Superior até o Permiano Superior. Compreendem três ordens: Cotylosauria, Chelonia e Proganosauria;

  2. Os répteis de crânio Euriapsida: importante linha de répteis caracterizada pela presença de uma só fossa temporal, mas em posição alta, diferente da dos sinapsídeos. São conhecidos desde o Triássico, quando adaptaram-se à vida aquática. Atualmente, alguns pesquisadores juntam estes répteis aos Ictiossauros, que também se adaptaram à vida nos oceanos. Compreendem três ordens: Araeoscelida, Sauropterygia e Placodontia;

  3. Os répteis de crânio Sinapsida: foi a primeira linha dos répteis a diferenciar-se dos dos anapsídeos primitivos, caracterizados por possuírem uma só fossa temporal pós-orbital em posição baixa. Apareceram no Carbonífero Superior e os mais primitivos (os Pelicossauros), foram abundantes principalmente no Permiano Inferior. Compreendem duas ordens: Pelycosauria e Therapsida.

  4. Os répteis de crânio Diapsida: com o Petrolaccossauros, do Carbonífero Superior, aparece a última grande linha de répteis, os diapsídeos, que possuem de cada lado do crânio duas fossas temporais, a inferior, em posição semelhante aos sinapsídeos, e a superior, à dos euriapsídeos. A diversificação dosdiapsídeos conduzirá à grande maioria dos répteis que povoaram e povoam a Terra. Desde o Permiano, os diapsídeos dividem-se em dois subgrupos, que evoluirão de maneiras diferentes. São eles: os Lepidosauria e os Archosauria.

    1. Lepidosauria: o grupo destes répteis com escamas é formado sobretudo por animais relativamente pequenos. Está representado atualmente pelos lagartos e as serpentes. Os Lepidosauria compreendem as seguintes ordens: Eosuchia, Squamata e Rhyncocephalia.

    2. Archosauria: o grupo destes répteis certamente é o mais conhecido. Formado pelos Dinossauros e crocodilos, são também os ancestrais das aves. Compreendem as seguintes ordens: Thecodontia, Saurischia e Ornithischia.

    3. Os répteis de crânio Parapsida: linha dos répteis que possuiram a fossa temporal afastada do contato entre os dois ossos, relacionando-se com o supratemporal e o pós-frontal. Viveram do Triássico Médio até o Cretáceo e foram répteis adaptados a vida no mar, com corpo pisciforme, semelhante ao dos golfinhos.

Porém, o Evento K-T, que ocorreu há aproximadamente 65 milhões de anos no fim do período Cretáceo, causou a extinção de todos os dinossauros exceto a linhagem que já tinha dado a origem aos primeiros pássaros.



O impacto ocorrido a 65 milhões de anos e que deu origem a esta grande tragédia está registrado sob a superfície do mar e é a cratera, chamada Chicxulub, localizada na ponta da península de Yucatán, no Golfo do México.




Outras espécies diapsídeos relacionadas aos dinossauros também sobreviveram ao evento, além de pequenos mamíferos que abriram espaço para a evolução de uma nova espécie dominante no planeta.


CONCLUSÃO:

A extinção permo-triássica e o surgimento e evolução dos dinossauros podem estar relacionadas a uma série de eventos catastróficos, conforme demonstraram os estudos acima realizados.

Com isso, torna-se claro que a evolução das espécies ocorre conforme o que o meio delas solicitar. A regra é a extinção e a evolução é a exceção.

Nas palavras de Luann Becker, para que ocorra qualquer mudança evolucionária, o ambiente deve estar limpo, ou seja, não possuir entraves para que ela ocorra, sendo estes entraves espécies dominantes.

Quando há uma extinção em massa ou a ocorrência de eventos catastróficos como quedas de asteróides, vulcanismo, terremotos, deriva continental, isolamento de terrenos ou eras glaciais, o catalisador para a evolução estará lançado.

Caberá às espécies responderem com rapidez necessária a que sobrevivam ou seu destino estará selado com sua extinção.