sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A FARSA DO MONTFORT







Em artigo publicado no site Monfort, foram feitos ataques veementes contra a teoria da evolução, prática corriqueira dentre fanáticos religiosos que até o momentop não se aperceberam que suas crenças não são verdades absolutas, nem tão pouco possuem qualquer sentido lógico-científico.

O texto abaixo menciona os comentários de dois cientistas, Richard Lewontin, publicado no New York Review of Books o outro texto como sendo atribuído ao Dr. Carlos Eduardo Guerra Schrago, Professor Adjunto no Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Todavia, como será analisado ao longo da exposoição, o texto que o Sr. Orlando Fideli atribui ao Dr. Schrago, se trata de uma falsa citação, dito pelo próprio Dr. Schrago, conforme e-mails torcados entre mim e ele.

Quanto ao texto atribuído ao Dr. Lewontin, este não possui o título o que nos impossibilitou de encontrar a tal citação. Entretanto, pelo teor dos escritos do Dr. Lewontin, tudo me leva a crer que também se trata de uma falsa citação.

Analisemos o texto elaborado com a péssima retórica do Sr. Orlando Fideli.

A evolução é cientificamente comprovada?


Até pouco tempo atrás, ninguém, no mundo dito científico, ousaria dar como resposta a essa pergunta um “não” rotundo e escandaloso. Hoje, muitos negam o caráter científico do evolucionismo, sendo freqüente dizer-se que se trata mais de uma filosofia materialista do que de ciência.


Recentemente, um homem insuspeito como o professor Richard Lewontin, conhecido evolucionista de Harvard, declarou – foi publicado na New York Review of Books – que, apesar de todas as contradições da tese evolucionista, apesar de todos os fracassos, os evolucionistas têm a declarar que, tendo fechado questão com o materialismo, eles não permitirão que Deus entre, pondo o pé na porta. Eis o texto de Lewontin:


“Nós ficamos do lado da ciência, apesar do patente absurdo de algumas de suas construções, apesar de seu fracasso para cumprir muitas de suas extravagantes promessas em relação à saúde e à vida, apesar da tolerância da comunidade científica em prol de teorias certamente não comprovadas, porque nós temos um compromisso prévio, um compromisso com o materialismo. Não é que os métodos e instituições da ciência de algum modo compelem-nos a aceitar uma explicação material dos fenômenos do mundo, mas, ao contrário, somos forçados por nossa prévia adesão à concepção materialista do universo a criar um aparato de investigação e um conjunto de conceitos que produzam explicações materialistas, não importa quão contraditórias, quão enganosas e quão mitificadas para os não iniciados. Além disso, para nós o materialismo é absoluto; não podemos permitir que o ‘Pé Divino’ entre por nossa porta.”


É uma confissão clara de que a ciência moderna, pelo menos tal qual a concebem alguns cientistas, tem um posicionamento filosófico prévio em favor do ateísmo e do materialismo. E esse posicionamento preconceituoso nada tem de científico. Essa é a razão pela qual certos cientistas defendem o evolucionismo – Lewontin é evolucionista – por um posicionamento filosófico – seria melhor dizer religioso, apesar de ateu – e não por existirem provas científicas do evolucionismo.



Não se trata de posicionamento preconceituoso os cientistas se pautarem pelo naturalismo, que é bem diferente de ateísmo.


O naturalismo se trata de explicar naturalmente fatos observados na natureza e o ateísmo é a negação de deuses. Este diz respeito à crença subjetiva dos indivíduos, aquele diz respeito ao mundo natural-científico.


Sr, Fideli, ciência e religião são dois mundos distintos. Nas ciências as questões são aberdas à discussão (cunho zetético) e, para que determinada teoria se sustente, deverá passar pelos critérios de falseabilidade.


Caso a teoria não passe por este critério, será reprovada, ou sendo reparada ou rechaçada.


Quanto às crenças religiosas, estas não são falseáveis e, portanto, não são abertas à discussão, o que lhes confere o caráter dogmático.


Assim, imiscuir religião com a ciência é um erro grave, uma vez que as questões teriam um fim na idéia de seres divinos, encerrando assim a discussão científica no dogma religioso, que é o oposto da construção científica. cujas questões são infinitas.


Abaixo segue o texto atribuído ao Dr. Carlos Guerra Schrago, porém se trata de uma falsa citação atribuída a ele pelo Sr. Fideli.


Recentemente tomamos conhecimento de que, em certa Faculdade de Biologia do Brasil, os alunos foram convidados a debater o seguinte texto de autoria de Carlos Eduardo Guerra Schrago, que se diz estudioso da evolução biológica:



Sr. Fideli, o Dr. Schrago não se diz estudioso de biologia. Ele é um cientista como demonstra o Currículo Lattes dele.


“Eu pensei duas vezes antes de escrever esse texto, tenho que admitir. A idéia principal já estava em minha mente há mais ou menos uns cinco anos, quando me deparei com o discurso de Roger Penrose a respeito da Física e, após me aprofundar no estudo da Biologia Evolutiva, sinto a necessidade de expor meu atual conceito de como o estudo da Evolução deveria ser traçado. A raiz de todo o problema já está mais que badalada [sic]:


“A Evolução é científica? A seleção Natural (e até mesmo a Evolução) é uma tautologia? As idéias darwinianas são realmente úteis do ponto de vista cientifico – prático? A Evolução é falseável?


“Essas perguntas extremamente importantes estiveram em voga nos anos sessenta e setenta, e durante os últimos vinte anos (com o crescimento espantoso da Biologia Molecular) têm sido esquecidas e só fazem parte das discussões de alguns biólogos com uma tendência filosófica, e, é claro, de filósofos da Ciência. A aceitação da evolução como fenômeno científico tem sido amplamente aderida [sic] pelos biólogos, e podemos dizer que se tornou quase um paradigma (ou mesmo um dogma! Eu diria um “paradogma”...). E é aí que reside uma imensa questão: Seria a evolução tão bem estabelecida como teoria (leia-se: foi testada um enorme número de vezes e não foi falseada) para tornar-se paradigmática?


“Não, esse meu discurso não é criacionista! Quando Stephen Hawking e Roger Penrose, juntos, estabeleceram a física dos buracos negros, e depois se separaram academicamente, pois Penrose acusava Hawking de ‘forçar a barra’ matematicamente para alcançar as suas conclusões, Penrose desabafou: ‘Toda a Física deveria ser reformulada.’


“A atitude de Penrose exprime o que há de mais nobre no processo científico: a ousadia de derrubar conceitos até então em voga. A Ciência é tudo, menos dogmática. Eu sei que o que eu vou propor é bastante perigoso e, até certo ponto é, de fato, um dos argumentos criacionistas. Mas o argumento, em si, não é criacionista, e sim científico.


“A seleção natural e a evolução já sofreram inúmeros ataques filosóficos que eu não vou discutir no presente texto; o interessante é que nenhum dos ataques foi suficientemente dado por encerrado. Ou seja, ninguém nunca invalidou um ataque filosófico contra a evolução. O que será que isso significa? Será que uma teoria que se propõe paradigmaticamente pode ter ‘falhas’ de construção? Não estaremos nós, biólogos, defendendo um conceito que pode até não estar errado, mas que é inútil, na prática?


“Vejam bem, você deve estar achando que a minhas idéias não são fundamentadas e que a evolução é um conceito científico bem estabelecido. Afinal, a Genética das Populações descreve bem os processos microevolutivos. Será?


“A Genética das Populações, de fato, tem um bom fundamento experimental. Entretanto, grande parte de suas idéias são deduções puramente matemáticas, e a Matemática é o mais sublime exemplo de tautologia! Então, o que fazer?


“Talvez a resposta esteja em Penrose: ‘Toda a Biologia Evolutiva deve ser reformulada!’ E qual é o passo primordial para que isso ocorra? É que filtremos do conhecimento evolutivo moderno somente o que realmente funciona, e que não é um devaneio teórico pseudo-científico. A atitude, por incrível que pareça, é negarmos a evolução, e tentar provar que estamos errados. Não, isso não é ser criacionista, é ser cético! Somente dessa forma poderemos desenvolver o moderno pensamento evolutivo, para uma plataforma mais segura e subtrairmos as idéias mal concebidas, que convivem conosco atualmente.


“Então, quando afirmarem: ‘Eu acredito na Evolução’, diga: ‘Eu, não. Prove-me que estou errado.’ Essa velha atitude do processo científico, embora aparentemente seja criacionista e burra, é a forma mais inteligente e segura que temos para elevar a Biologia Evolutiva para um terreno científico, e não especulativo.”

Carlos Eduardo Schrago


Análise do texto


O Sr. Fideli faz a análise de um texto que é falsamente atribuído ao Dr. Schrago, cuja autoria é desconhecida.


Desse texto se depreende um estado de espírito decepcionado com a falta de comprovação científica da evolução e com a falta de resposta a altura dos evolucionistas às objeções filosóficas que se têm feito à teoria evolucionista. Confessa o autor: “Nenhum dos ataques [à evolução] foi suficientemente dado por encerrado. Ou seja, ninguém nunca invalidou um ataque filosófico contra a Evolução.”


Errado! Ataques filosóficos não confirmam ou deixam de confirmar terorias científicas. Esta empreitada ocorre por meio de evidências científicas.


Principalmente com o advento da genética, a teoria evolutiva conseguiu um amplo desenvolvimento, ora tendo pontos confirmados ora rechaçados.


Todavia o seu pilar, a seleção natural, somente tem se confirmado desde sua proposição por Darwin.



A decepção do autor – que se confessa, apesar de tudo, um defensor da evolução – se manifesta, desde o começo do texto, nas perguntas dolorosas que ele coloca para os evolucionistas: A evolução é científica? A seleção natural (e até mesmo a evolução) é uma tautologia? As idéias darwinianas são realmente úteis do ponto de vista cientifico/prático?


Essas perguntas são muito significativas, e é evidente que a resposta a elas, segundo o autor, é sempre um rotundo desmentido do evolucionismo. A evolução não é científica! A seleção natural é uma tautologia!


Sr. Fideli, o senhor sabe o que é ser ou não científico e do que se trata uma tautologia? caso não saiba (que é o que demonstrou até agora) eu o esclarecerei.


Ciência significa observar as coisas e os fatos que se passam ao redor de nós. Procurar descobrir o que significam as coisas e os fatos observados, as regras ou leis segundo às quais se comportam. Aplicar estas descobertas para o nosso uso e bem estar, bem como para todas as espécies do planeta. Esta definição para "em que consiste a ciência" eu aprendi na qunta série e a tenho como a melhor que já vi até os dias de hoje.


Quanto ao significado de tautologia em filosofia , se trata de um argumento que se explica por si mesmo de modo redundante ou falacioso.


Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a cor do céu e o céu é azul por causa do mar" é uma afirmativa tautológica.


Da mesma forma, um sistema é caracterizado como tautológico quando não apresenta saídas à sua própria lógica interna.


Em outro exemplo, exige-se de um trabalhador que tenha curso universitário para ser empregado, mas ele precisa ter um emprego para receber salário e assim custear as despesas do curso universitário.


Bem, pelas definições acima, podemos entender que a sua crença (o mundo do é porque é) nada possui de científico, bem como se trata de uma tautologia.



O autor pergunta ainda: A evolução é falseável? Evidentemente, o que o autor quis perguntar é se a evolução é falseável no sentido dado por Karl Popper a esse adjetivo. Por “teoria falseável”, segundo Popper, entende-se uma teoria que pode ser testada por um experimento real. Se uma teoria não for falseável, ou seja, se ela não pode ao menos ser colocada à prova, então ela não pode ser considerada uma teoria científica.


Sr. Fideli... bem se percebe que o senhor possui um idéa pequena do que é o trabalho científico. Boa parte dos experimentos que fazemos não são experimentos reais, mas observações indiretas e, teoria da evolução, teoria atômica, teoria do big-bang, teoria da origem da vida, astrofísica, teoria da relatividade, etc. não fogem a essa regra.


Caso a teoria da evolução não fosse falseável, ela jamais passaria pelas correções que constantemente ocorreram ao longo desses anos.


E quanto a sua religião e suas alegações... podem ser falseáveis?


Outra pergunta que o autor poderia ter feito é se alguém já tentou comprovar a teoria da evolução por meio de falsificações, por meio de “provas” fraudulentas. Esse seria um capítulo bem interessante a analisar. Porque nunca houve, na história da ciência, uma teoria que tenha apresentado mais escândalos de fraude do que a teoria da evolução. Houve de tudo, desde forjar alguns fósseis até fazer desaparecer outros.


Sr. Fideli má fé existe em todas as situações da vida. Aqui o senhor age de modo falacioso. O fato de pessoas cometerem fraudes não invalidam-se teorias. Caso se tudo em teoria evolutiva fosse falso e nada fosse revelado, o senhor não teria a mínima noção sobre a falseta do Homem de Piltdown.


Isso que o senhor cita é pura teoria da conspiração. O que cientistas ganhariam em sustentar uma teoria falsa ?


Saiba que todo aquele que falsifica uma teoria científica, se descoberto, cai em desgraça, ou seja pode procurar outra profissão, desde que fora ds seara científica. É um risco muito grande por 5 minutos de fama.


É claro que o autor conhece o que foi dito sobre as fraudes de fósseis, como é claro que ele conhece os grandes argumentos demonstrando, filosoficamente, que a evolução é impossível. Ele ousa dizer mais: a evolução é mais do que um paradigma. Ela se tornou um dogma da Ciência moderna. Um paradogma. Um paradogma que ninguém, nas faculdades de Biologia, ousa contestar, de medo de ser isolado. De medo de ser taxado de criacionista. É o que se chama, hoje, liberdade de pensamento e liberdade de expressão. Pois ai de quem ouse discordar do paradogma darwiniano!



Errado Sr. Fideli. Caso alguém consiga acabar com o pilar da seleção natural, de forma científica e não com retórica vazia como o senhor faz, certamente renderá um prêmio nobel de biologia.


O método da falseabilidade possui essa função: derrubar teorias científicas. Caso elas o vençam, momentaneamente se sustentarão. Caso sucumbam ao método, melhor saírmos em busca de algo que explique melhor o fato estudado, explicação esta pautada no naturalismo científico.


Mas o autor se atreve a escrever ainda: “E é aí que reside uma imensa questão: Seria a Evolução tão bem estabelecida como teoria (leia-se: foi testada um enorme número de vezes e não foi falseada) para tornar-se paradigmática?” O autor toca num ponto álgido: a evolução nunca foi testada. Ele diria melhor ainda se lembrasse que houve várias tentativas de comprová-la por meio de falsificações, como a do Homem de Piltdown, por exemplo, que Jay Gold provou ser de responsabilidade do padre Teilhard de Chardin (cf. Jay Gold, A Galinha e Seus Dentes).


Errado Sr. Fideli. Os testes se encontram na análise de fósseis e no pool genético interespécies, bem como em experimentos de laboratório com cepas bacterianas, virais, seleção genética de animais e plantas e experimento com aves realizando pequenas alterações genéticas e obtendo-se diferenças gritantes nos fenótipos.


Essas falsificações, se não são provas contra o evolucionismo, demonstram a má fé de alguns cientistas evolucionistas e sua vontade de provar a qualquer preço a teoria da evolução. O que torna a própria teoria bem suspeita...


Mais uma vez o Sr. Fideli abusa de falácias. Má fé descoberta de alguns, simplesmente demonstra que cientistas estão de olho em sacanagens. Más atitudes de cientistasnão põem nada sob suspeita no que concerne ao verdadeiro trabalho científico.


Todavia a atitude de estarmos de olho constantemente ratifica a seriedade com que cientistas devem conduzir seus trabalhos.


Da próxima, Sr. Fideli, seja mais adulto. Não venha com argumentações infantis como a que apresentou acima.


O autor do texto em foco ousa até mesmo criticar o último baluarte evolucionista: o da Genética das Populações, mostrando que, no fundo, ele nada prova, tendo em vista que seus argumentos são de ordem matemática e tautológicos.


Errado Sr. Fideli. Genética de populações selecionam-se os caractéres presentes dentro de determinada população e se calcula sua freqüencia na população. Se a população A possui o gene a como mais freqüente para determinada característica, ela será diferente da população B que possui o gene b como o mais frequente para a característica distinta atribuída à população A.


Desa forma, pode-se ter duas populações distintas condicionadas pelos genes que foram mais favorável aos meio ems que elas vivem.


Entretanto, o autor não se afirma criacionista. Longe disso. Ele quer salvar a teoria evolucionista despojando-a de todos os seus falsos argumentos, de todas as suas falsidades, para salvar o que for possível do naufrágio evolucionista atual, a fim de elaborar uma nova teoria realmente científica da evolução.


O que o autor propõe é o que Penrose declarou que era preciso fazer com a Física, ao perceber que Hawking “forçava a barra” para comprovar suas teorias: “Toda a Física deveria ser reformulada.” Paralelamente, Schrago propõe: “Toda a Biologia Evolutiva deveria ser reformulada.” Ele afirma que sua proposta só aparentemente é criacionista. Sua proposta seria, de fato, científica, porque, segundo ele, a Ciência sempre procura derrubar os ídolos que ela mesma cria, caminhando assim para um aperfeiçoamento cada vez maior, e jamais atingindo um limite.


Que vergonha ein Sr. Fideli!!! Atribuíndo a outrem uma falsidade. O senhor tem noção do estrago que, por meio de suas tolices, fez a imagem do Dr. Schrago e a dos cientistas em geral?


É isso que sua crença ensina... levantar falso testemunho? Ao que me consta essa vedação faz parte dos Dez mandamentos.


Pelo visto, seja como pseudo-filósofo, aprendiz de cientista e cristão, o Sr. deixa muito a desejar. Não aprendeu nada e esqueceu boa parte.



Dever da Ciência atual, então, seria derrubar Darwin e seus sequazes, para alcançar um patamar mais elevado numa nova teoria da evolução, realmente mais científica e capaz de responder às objeções filosóficas que os evolucionistas, prudentemente, não têm respondido, mas têm abafado com o auxílio da mídia.


Errado Sr. Fideli. O dever da ciência é esclarecer como é o mundo do ser. O mundo do ser no que concerne à origem das espécies, com base em evidências científicas aponta para as explicações dadas pela teoria da evolução.


Schrago quer uma teoria evolutiva sem fraudes e sem sofismas. Ele quer o impossível. Ele não compreendeu que não se trata de provar cientificamente nada. Trata-se de uma guerra contra Deus. Como disse Lewontin, não importam as contradições, as mentiras e fraudes da teoria evolucionista. A ciência moderna fechou um pacto de aliança com o materialismo. Não se pode deixar Deus entrar na História.



Aplique isso ao senhor mesmo Sr. Fideli. Da próxima vez, evite as falácias e os sofismas, se é que o senhor sabe o que eles são e como distingui-los.


Só de falar de uma guerra contra Deus, o senhor já comete uma falácia.


Deus, no que se refere ao mundo científico, não é a solução para todas as respostas. Ele mais se trata de um problema, pois estanca a questão científica no ponto além do qual não podemos ousar a ir.


A isso se atribui a denominação de dogma, a crença cega em algo logicamente improvável sem qualquer contestação.


Entretanto, Ele entra continuamente nas mentes e nos corações.


(Orlando Fedeli, “Decepções e confissões de um evolucionista”, Montfort Associação Cultural)

Agora vejamos as mentiras do Sr. Orlando Fideli na declaração abaixo, dada pelo Dr. Carlos Guerra Schrago.

meu e-mail direcionado ao Dr. Carlos Guerra Schrago
On Fri, 20 Jun 2008 02:19:01 +0000, elyson scafati wrote
> Doutor > Carlos Eduardo Guerra Schrago em análise de um texto
> divulgado pela Montfort,
já sei que se trata de uma falsa citação
>
feita em seu nome.
> >
Gostaria de que, se fosse possível,
publicasse algo nesse sentido,
>
uma vez que ainda há sites por
ai com o conteúdo e a falsa
>
declaração que fizeram em seu nome.
>
> eis onde há a falsa publicação: >
http://vivopraservir.spaces.live.com/blog/cns!DF1F6C1E7E0A6956!1584.entry
>
>
Eu como um ex cientista,
assim como o senhor um doutor na área de
>
biologia, temos um compromisso com a verdade.
> >
grato pela atenção
> > Elyson M. T. Scafati


Eis a verdadeira resposta do Dr. Carlos Guerra Schrago.

Re: O texto da montfort‏
De: Carlos Guerra Schrago (guerra@biologia.ufrj.br)
Enviada: sexta-feira, 20 de junho de 2008 19:16:44
Para: elyson scafati (elymarsca@hotmail.com)
Prezado Elyson,

Sim, o texto é uma falsa citação. Nós, que tivemos formação científica, sabemos como é lamentável a estratégia de pessoas de pensamento dogmático e sem nenhuma visão crítica dos fenômenos da natureza. Essas pessoas, por não entenderem ciência, frequentemente fundamentam suas observações em literaturas não revisadas (divulgadas em sites, por exemplo) ao invés de lerem revistas científicas formais. Eu, sinceramente, cansei de contra-argumentar com essas pessoas.

Sabe porque? É inútil, pois a própria natureza de suas crenças inibe a argumentação crítica.

Como disse uma amiga minha, no debate criacionismo x evolucionismo, os evolucionistas perdem de WO, pois eles têm mais o que fazer (estudar os maravilhosos fenomenos naturais) do que ficar vasculhando a internet atrás de
falsas citações e interpretações incorretas de teorias científicas.

A nossa única esperança é que as pessoas recebam uma educação científica de boa qualidade na escola e entendam o verdadeiro espírito científico. Se isso acontecer, elas perceberão o quão obscurantista é o discurso baseado em dogmas.

Sem uma boa escola, pessoas como você e eu irão eternamente lamentar o estado geral da educação científica das pessoas, onde interpretações incorretas do valor da ciencia são feitos.

Obrigado pela informação.
Um abraço.
Conclusão:

Acredito que por meio das mentiras e impropriedades citadas pelo Sr. Fideli, suas afirmações sobre a seara científica não devem ser levadas a sério.

Em prol de sustentar a crença religiosa, as pessoas chegam a ultrapassar limites que levam a beira do ridículo e da má fé, chegando mesmo a comprometer a imagem de outrem.

Seria este o ensinamento cristão? "Mesmo que eu arrase a imagem de outrem, tudo pela nossa fé."

Até se parece com a crença dos necromongers da batalha de Ridick.