quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

NEANDERTHAL








A revista Ciência Hoje de dezembro de 2006 publicou carta do professor Roberto C. de Azevedo sobre os fósseis dos Neandertais, mostrando como o evolucionismo deturpou e desfigurou os seres humanos. Ciência Hoje é uma das mais prestigiosas revistas de divulgação científica do Brasil. A seguir, o texto publicado:Estamos comemorando neste ano os 150 anos da descoberta do Neandertal, e lemos com atenção o artigo “A trajetória de uma espécie”, referente ao tema, no último exemplar de Ciência Hoje.O Neandertal foi propositalmente tornado um ser simiesco, abrutalhado e pouco inteligente, de corpo recurvado como um antropóide. Marcellin Boule, ajudado por Teillard Chardin, graças às idéias evolucionistas de Darwin, transformaram um ser humano num monstro. Isso porque a teoria assim preconizava. Desprezaram a evidência. E o grotesco ser tornou-se o possível elo de ligação tão necessário à teoria evolucionista.Carl Zimmer, em seu recente livro Smithsonian Intimate Guide to Human Origins, editado em 2005 pelo Smithsonian Books, produzido pela Madison Press Books, exibe em suas primeiras páginas, e repete na página 125, uma foto comparando os esqueletos do Neandertal e do homem moderno. Essa mesma foto apareceu no Brasil neste ano. Veja o artigo de Nicholas Wade (NYT) no jornal O Estado de S. Paulo, sob o título “Cientistas vão seqüenciar DNA dos Neandertais”, de 23/1/2006, A28, informando que a equipe de Svante Paabo seqüenciará o DNA dos Neandertais. Logo em seguida, o jornal Folha de S. Paulo (4/8/2006, A16), sob o título “Humanidade pode ter 5% do Neandertal, sugere DNA”, exibe a mesma foto.O Neandertal, mais atarracado e de capacidade craniana superior, mostra o que a cegueira evolucionista não conseguiu perceber durante 150 anos: os Neandertais eram mais fortes e vigorosos, e com capacidade craniana superior que a dos humanos atuais. Nada de simiesco, abrutalhado e pouco inteligente.Mas durante 150 anos o ensino enganoso da evolução humana deturpada foi ensinado como verdade.


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http://michelsonborges.blogspot.com/2007_01_01_archive.html


CORRIGINDO EQUÍVOCOS

Bem, não tenho a pretensão de escrever um tratado sobre nada. Como cientista que sou, desejo corrigir alguns equívocos apresentados no artigo em questão, claro se me permitir.

Crer em Deus, não é fator determinante para que eu refute a teoria da evolução e adote o criacionismo. Para mim, aquela é a mais correta, em termos científicos, pois fornece bases mais sólidas que este.

Os criacionistas se dizem vítimas de preconceitos, contudo vocês também agem de modo preconceituoso em relação aos evolucionistas, conforme vejo em seu blog e nas teorias do Sr. Roberto Cezar Azevedo que até manifestou sua indignação na revista Época.

http://www.scb.org.br/controversia/epoca.htm

Bem, vamos ao que interessa:

O homem de neanderthal, na escala evolutiva, não se trata de um antepassado do homo sapiens sapiens. Trata-se de uma espécie de hominídeo contemporânea à nossa.

Como viveu durante a era glacial, obviamente seu corpo era menor, mais atarracado (isso poupava a perda de energia para o ambiente frio), seus ossos eram menos sensíveis que dos sapiens e sua dieta constituía-se basicamente de carne rica em gordura. Portanto, era bem adaptado ao ambiente em que vivia.

Sobre eras glaciais, a água congela no hemisfério norte e desaparece do hemisfério sul (secas). Isso se dá devido a maior proporção de terras existentes no hemisfério norte (maior influência da continentalidade) e as correntes marítimas quentes do sul que ao se chocarem com os ventos polares resultam em precipitações. Como se pode perceber, até hoje os invernos no hemisfério norte são mais rigorosos que no sul.

Uma era glacial pode ter várias causas. Para entendê-la, uma das explicações mais aceitas é a chamada Teoria Astronômica, segundo a qual a Terra atravessa vários ciclos de resfriamento climático, causados por alterações periódicas em seus movimentos e sua órbita. Há ainda a de um pré-aquecimento que poderia causar um diferencial de salinidade na água dos oceanos e cortar a corrente quente vinda do sul, a de uma pequena deflexão no eixo da Terra ocasionada por fenômenos cósmicos, erupções vulcânicas ou a de quedas de corpos celestes.

Quanto ao homo sapiens, seu berço foi a África. Sua pele era negra, seu corpo era frágil e esguio, assemelhava-se aos humanos atuais.

Devido às migrações em busca de água e comida, os sapiens atingiram a Europa e Oriente Médio, onde viviam neandertais e Ásia onde viviam homo erectus e sinantropus (também nossos contemporâneos).

Os neandertais e o sapiens são descendentes do homo hildeberguensis, que por sua vez, bem como os homo erectus descendem do homo ergaster, pioneiro nas migrações que por sua vez descende do homo hábilis que descende do australoptecus africanus (veja DVD Discovery - Walking whith the cave man) e os sites:

http://www.sergiosakall.com.br/primitiva/homens_primatas.html

http://www.amonline.net.au/human_evolution/images/tree.gif

http://www.archaeologyinfo.com/species.htm

Havia muitos hominídeos que habitaram a África e outros lugares contemporaneamente, mas isso não quer dizer que todos pertenceram a linhagem que originou nossa espécie.

Provavelmente, tais espécies, embora diferentes anatomicamente, podem ter cruzado entre si, originando híbridos férteis o que possivelmente deu origem ao homem moderno.

Obviamente há cientistas que falsificam resultados em pesquisas a fim de serem reconhecidos. Mas se a fraude for descoberta, é o seu fim, tanto nos meios científicos como acadêmicos.
Portanto, o risco não vale a pena de ser corrido.

Uma fraude em fosseis humanos foi a do Homem de Piltdown, cujo descobridor montou um crânio com ossos de cachorro e restos humanos envelhecidos com ferrugem. Bem, se deu muito mal.

Hoje, os métodos de verificação estão sofisticados.

Há a datação pelo carbono 14 e pela quantidade de outros metais radioativos (fósseis petrificados) e, além desses, o de sequenciamento de DNA, quando os fósseis são ossos ou tecidos (mamute achado na Sibéria conservado no gelo).

Dessa forma, fraudar tem se tornado uma tarefa mais difícil.

A frase abaixo:

[Mas durante 150 anos o ensino enganoso da evolução humana deturpada foi ensinado como verdade.]

extraida do texto é um equívoco, pois a teoria da evolução, embora não tenha completado todas as lacunas do quebra cabeça da vida, é a que tem se mostrado mais adequada até o momento, pois classifica-se como científica e traz evidências concretas.
Essa teoria baseia-se em conceitos de bioquímica, paleontologia, mineralogia, geologia entre outros e a ela pode ser aplicado o método de falseabilidade.

Encontre aqui um texto bem explicado sobre a mesma.

http://www.str.com.br/Scientia/criacionismo.htm

Tópico extraído do texto:

[O Neandertal foi propositalmente tornado um ser simiesco, abrutalhado e pouco inteligente, de corpo recurvado como um antropóide. Marcellin Boule, ajudado por Teillard Chardin, graças às idéias evolucionistas de Darwin, transformaram um ser humano num monstro. Isso porque a teoria assim preconizava. Desprezaram a evidência. E o grotesco ser tornou-se o possível elo de ligação tão necessário à teoria evolucionista.]


Os cientistas podem até ter falseado a imagem do neanderthal. Sabe-se hoje que seu cérebro era desenvolvido, possua aparelho fonador semelhante ao do homem moderno (ambas as descobertas induzem a hipótese de que possuía um idioma), vivia em sociedade, possuía uma consciência religiosa, pois enterrava os mortos e era um caçador extremamente hábil.

Neste site poderá encontrar explicações sobre este tipo de humano e as correções feitas após estudos da espécie.

http://www.answersingenesis.org/docs2003/0217neandertal.asp

Neste site poderá ver a atual imagem reconstruída de um jovem neanderthal (não há nada de simiesco).

http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/1469607.stm















Hoje, a teoria da evolução se tornou a base da biologia no que se refere à classificação e estudo das espécies. A genética e a genética de populações trouxeram bases mais sólidas ao darwinismo, por meio do sequenciamento de genes e pelo estudo da variabilidade de populações no que se refere à origem das espécies. Isso é o que se chama de neodarwinismo, totalmente calcado na genética.

A teoria do Dr. Roberto Cesar de Azevedo não é sustentável nem científica, pois apresenta uma série de afirmações equivocadas, (não entrarei no mérito), além de lançar mão do sobrenatural e do divino. Veja o site abaixo que contém a teoria por ele apresentada:

http://www.sermoes.com.br/cria15.htm

Animais gigantes como dinossauros existiam em períodos que a atmosfera era mais rica em oxigênio, o que influía no metabolismo dessas criaturas.
O baluquitério citado era realmente enorme; foi o maior mamífero terrestre que já existiu. Mas isso não implica que na escala evolutiva seja um animal mais velho que uma esponja do mar ou um trilobitá. Caso sigamos sua linha de raciocínio, uma baleia azul seria o animal mais primitivo do planeta, o que não é verdade.
Segue abaixo:

http://www.geocities.com/passagensdocotidiano/ArqGrandeComilao.html

Há momentos em que a vida no planeta cresce maravilhosamente e há períodos em que ela se degenera.

Uma das fases de florescimento da vida é a explosão cambriana, a qual provavelmente marca o fim de uma era glacial e assim a possibilidade da vida ter as condições necessárias para se espalhar por diversos ambientes.
A era cenozóica durante o período siluriano foi a época de florescimento das espécies (artrópodes). Embora anteriormente existissem pequenas criaturas, estas eram aquáticas e quimiossintetizantes (não havia plantas fotossintetizantes na superfície da Terra nem no mar).

http://www.estudante.com.br/quadro/qua_res.asp?COD=10760&CUR=130

Havia pouco oxigênio diluído na água dos oceanos e era oriundo de gases vulcânicos e de algumas reações químicas (havia também gases sulfurosos, CO2, gases nítricos entre outros).
Com o advento da fotossíntese (há 2,5 bilhões de anos), animais e plantas passaram a ocupar a superfície sólida do planeta, pois o oxigênio representou um fator determinante na alteração dos seus metabolismos e desenvolvimento das espécies.

A destruição dos dinossauros foi um fenômeno, em que mais de 70% das espécies de plantas e animais do planeta terminaram em um instante (queda de um corpo celeste, o qual deixou marcas de poeira em rochas triássicas).


Quanto ao criacionismo, sua base se estabelece em termos divinos e sobrenaturais. Não oferece evidências concretas nem espaço para o método de falseabilidade, logo não é ciência. Suas fontes calcam-se em livros sagrados, cuja credibilidade é duvidosa, em mitos diversos entre as populações do planeta, que se valem de testemunhos oculares dos antigos.
Caso essa linha seja seguida, podemos encerrar qualquer estudo e atribuir tudo como vontade de um ser superior, o que não é correto nem cientifico.

Sobre testemunhos oculares, estes não são críveis em ciência. A ciência exige provas materiais de modo a serem analisadas a fim de poder-se chegar a uma conclusão a respeito do tema em estudo.

Bem, chupa cabras, vampiros, lobisomens, pés grandes e o monstro do lago Ness possuem um vasto contingente de indivíduos que afirmam terem-nos visto. Porém não há evidências reais que existam; somente material forjado e testemunhos duvidosos.

Acho que criacionistas e evolucionistas deveriam continuar os debates de uma forma sadia e procurarem cada qual desenvolver suas teorias, porém todas baseadas em provas irrefutáveis. Caso contrário essa guerra não terá fim. É difícil reescrever a história da vida sem dar azo á interferência divina, mas também é difícil aceitar sua interferência em tudo.

Devemos respeitar uns aos outros e evitar trocas de farpas. Se as teorias do Sr. Roberto Cezar Azevedo são verdadeiras em detrimento do darwinismo, cabe a ele o ônus da prova.

Pois que traga evidências fortes que comprovem sua teoria e refutem de uma vez o darwinismo e assim mude as bases da biologia. O que li em seu artigo infelizmente, se resume em equívocos crassos, falácias e agressões contra o evolucionismo.

Sei que ele é um homem brilhante e respeitado. Poderia fazer muito mais que simplesmente agredir o evolucionismo com criticas destrutivas e infundadas.

Gostaria que ele escrevesse um artigo para a Scientific American Brasil expondo sua teoria de forma racional e debatesse com um evolucionista do mesmo quilate que o dele. Seria até bem legal um encontro de ambos no Super Pop (fica ai uma sugestão).



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